O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou ontem (4) que a grande quantidade de milho exportada no mês de agosto, atingindo recorde de 2,7 milhões de toneladas, não representa risco ao suprimento nacional. De acordo com o ministério, o volume embarcado está dentro da previsão para este ano.
O milho é essencial para a produção de frango e porcos. Por isso, quando a oferta de milho diminui, os preços aumentam e acabam influenciando também na alta do valor da carne de frango e de suínos. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgados na última segunda-feira, as exportações do cereal em agosto foram 81% maiores do que as de agosto de 2011.
Segundo o ministério, os estoques atuais, somados à produção desta safra, devem disponibilizar internamente 78 milhões de toneladas de milho neste ano. O consumo de todo o país, estimado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2011/2012, é aproximadamente 50 milhões de toneladas. De acordo com o ministério, mesmo considerando exportações totais de 15 milhões de toneladas, o país ainda fechará o ano com o maior estoque de sua história, cerca de 13 milhões de toneladas.
O diretor de Comercialização do ministério, Edilson Guimarães, disse que a alta do preço do milho no mercado interno não se deve às exportações. “O preço está alto por diversas razões, principalmente a perda de 100 milhões de toneladas provocada pela seca nos Estados Unidos. Não temos como controlar isso. O milho é uma commodity e o preço é feito em Chicago”, disse por meio de nota, referindo-se à cotação da Bolsa de Valores.
Para reduzir os prejuízos de avicultores e suinocultores por causa da elevação dos preços do cereal, Guimarães disse que o governo promoveu a liberação de 200 mil toneladas, para a Região Sul, e de 400 mil toneladas, para a Região Nordeste, na modalidade venda balcão, e leilões de Valor de Escoamento de Produto (VEP) de 30 mil toneladas cada.
Fonte: Agência Brasil / Danilo Macedo
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