A economia do Rio de Janeiro deve ganhar fôlego em termos de arrecadação este ano graças a recentes projetos contratados na área de exploração e produção de petróleo e gás.
A projeção divulgada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) nesta quarta-feira (7) é de alta constante para os próximos anos. O cálculo considera novos leilões previstos para o setor e expectativa de aumento ainda maior da produção.
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Segundo a Firjan, a estimativa é que o Rio de Janeiro receba entre R$ 14 bilhões e R$ 16 bilhões em royalties e participações especiais em 2019 – um aumento de cerca de 10% na comparação com 2019.
"Tudo o que o Rio sofreu no setor de petróleo e gás nos últimos anos, e que refletiu na arrecadação pública, não deve ser mais sentido se esses recursos forem bem aplicados", disse a gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Karine Fragoso.
Por precaução, a especialista defende a criação de um fundo com os recursos de royalties. O objetivo é também resguardar o crescimento da indústria petroleira no estado.
Ela citou como exemplo o Espírito Santo que, inspirado em modelo norueguês, criou um fundo soberano com o que é arrecadado a partir da produção de óleo e gás, que é voltado exclusivamente para o fomento da própria indústria.
"Esse fundo dá sustentabilidade para garantir recursos para superar uma nova crise. Esse é um mercado cíclico e uma nova crise há de acontecer no futuro", alertou Karine.
Para os próximos anos, estima-se um crescimento ainda maior na arrecadação de royalties e participações especiais.
Só para o segundo semestre deste ano estão previstos a 16ª Rodada de Licitações, a 6ª Rodada de Partilha da Produção (pré-sal) e o leilão do excedente da Cessão Onerosa, todos com áreas ofertadas na costa fluminense.
Segundo comunicado da Firjan, a Cessão Onerosa "é considerada a licitação mais importante do mundo nos últimos tempos, e deve proporcionar o pagamento de um bônus de assinatura de dezenas de bilhões de reais".
A federação aposta que os recursos podem colaborar com o "desenvolvimento completo dos recursos petrolíferos já descobertos nestas áreas, proporcionando investimentos vultosos para o Brasil com a consequente geração de empregos".
A entidade prevê que Rio deve ser o estado mais beneficiado pelos novos investimentos.
Fonte: G1