Numa obra como a Refinaria Abreu e Lima, que conta com 30 mil trabalhadores, todos precisam estar segurados. Imagem: RICARDO FERNANDES/DP/D.A PRESS - 14/2/11
O mercado de seguros está eufórico. Poucos setores no Brasil se dão ao luxo de registrar taxas de crescimento tão expressivas. Em 2010 o volume de prêmio direto cresceu 17,58% e, em maio deste ano, último dado divulgado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), a evolução foi de 31,87%. E as perspectivas são ainda melhores. Além do incremento na renda da população, há os investimentos bilionários da Petrobras e os preparativos para a Copa do Mundo e a Olimpíada.
Trata-se de um mercado que já movimenta cerca de R$ 23 bilhões por ano. Aumentando a renda da população, cresce também a demanda por seguros de vida, de residência e, principalmente, de automóveis, que teve uma alta de 14% em 2010. Um segmento em especial vem ganhando destaque: o microsseguro, voltado para a população de baixa renda, que evolui a taxas superiores a 100%.
Mas o grande nicho não está no seguro que é vendido às pessoas, e sim naquele que é adquirido pelas empresas. Luciana Santana, diretora técnica da Life Insurance, empresa especializada em consultoria e assessoria em seguros, conta que a Petrobras exige a contratação de quase todos os tipos de seguros das terceirizadas. É condição essencial para se tornar fornecedor de uma empresa que anunciou investimentos de US$ 224,7 billhões no período 2011-2015.
"A Petrobras não apenas exige os seguros como também fiscaliza a manutenção das apólices, que são extensivas a todos os dependentes do titular", diz Luciana. Numa obra como a Refinaria Abreu e Lima, por exemplo, que conta com cerca de 30 mil trabalhadores, todos precisam estar segurados. Do mesmo modo no Estaleiro Atlântico Sul, que está construindo 29 embarcações e o casco de uma plataforma para o sistema Petrobras.
Há seguros de todo tipo, diretos e indiretos. No caso dessas grandes obras - além dos seguros de vida, saúde e odontológico, entre outros - são necessários seguros que cubram riscos de engenharia e de responsabilidade civil em geral. Quando acaba a obra, vem a necessidade de contratar outras modalidades. A operação de um equipamento como a Arena da Copa, em São Lourenço da Mata, vai exigir a contratação de diversos tipos de cobertura para cada evento.[2]
"Esse seguro será mensurado de acordo com o tipo de evento (jogo, show etc.) e com a quantidade de pessoas esperadas. É mesmo um mercado muito promissor", comenta Luciana Santana. Imagine em época de Copa do Mundo e de Olimpíada. A Life Assurance aposta que, por conta desses eventos, o mercado deve crescer a taxas superiores a 50% no país.
Fonte: Diário de Pernambuco
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