As siderúrgicas brasileiras precisarão contar com a melhora do cenário internacional e com a realização efetiva dos projetos de infraestrutura para que haja incremento na demanda, redução dos estoques e aumento dos preços em 2011. Com essas premissas convergindo para um ambiente mais favorável, o setor poderá melhorar as margens, que encolheram neste ano em função do avanço de custos com matérias-primas e dos descontos concedidos aos preços do aço.
O mercado espera que os descontos sobre os preços domésticos sejam mantidos pelo menos nos primeiros meses de 2011. “As condições externas precisam ser mais favoráveis, e a demanda por aço se fortalecer”, afirma o analista da Modal Asset Eduardo Roche. “É necessário haver uma recuperação melhor das economias americana e europeia. Um aumento dos preços no exterior e o consumo dos estoques abririam espaço para altas no mercado interno”, diz o analista da Socopa Marcelo Varejão. A demanda por aço continua sendo puxada pelos emergentes China, Índia, Rússia e Brasil.
Por aqui, o consumo de aço deve ser impulsionado pelas obras da Copa de 2014, pela Olimpíada de 2016, além do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), pelo “Minha Casa, Minha Vida”, pelos setores de óleo e gás (com destaque para o pré-sal) e pela indústria naval. O aumento da demanda vai depender do ritmo com que os novos projetos de infraestrutura sairão do papel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: JC Online/Agência Estado
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