De São Paulo - O grupo alemão CD Waelzholz assumiu o controle da Brasmetal desde 1º de fevereiro. Por valor não revelado, o grupo comprou as ações ordinárias do sócio brasileiro, a família Souto Vidigal, de quem é sócio desde a criação da empresa, em 1974. A Brasmetal é uma S.A. de capital fechado e agora os alemães têm todas as ações ordinárias e parte das preferenciais.
A Brasmetal produz aços especiais para os setores de autopeças, máquinas, ferramentas, eletroeletrônicos e calçados, entre outros. Tem uma fábrica em Diadema (SP), 500 funcionários e faturou, no ano passado, cerca de R$ 420 milhões. Atualmente, está operando entre 85% e 90% da sua capacidade total.
Para o presidente da companhia, Piero Abbondi, a empresa entra numa nova fase. A Waelzholz tem unidades na Europa, Estados Unidos e China. "Vamos ter uma melhor integração com o grupo todo. É um sócio que detém tecnologia, isso é muito positivo para a empresa", diz o executivo.
Abbondi conta que retomou o projeto de expansão que estava sendo estudado antes do estouro da crise financeira em 2008. Ele não quis falar sobre os valores da expansão, já que "a realidade é outra e os números podem ser bem diferentes daqueles de 2008". Mas o ele admite que o investimento terá de vir logo, principalmente para atender o mercado interno. "Em 2008, tinhamos comprado um terreno ao lado da fábrica para a expansão. A área nós temos, agora é redefinir o tamanho da expansão."
Já o mercado externo ainda não anima a Brasmetal. Apenas 5% da produção é exportada, contra um pico de exportação de 15% há alguns anos. Agora com o controle nas mãos dos alemães, há a expectativa de que a empresa ganhe mais visibilidade no exterior.
Fonte: Valor Econômico
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