Rio também está no páreo. Estimativa é de que R$ 600 milhões sejam investidos
Indústria de cabos Flexibrás, localizada no Ilha do Príncipe - Editoria: Economia AG - Foto: Ricardo Medeiros
Área da Flexibrás, que é controlada pela Technip
O Espírito Santo está na briga pela mais nova unidade que a Technip, empresa de origem francesa que controla a Flexibrás, instalada na Ilha do Príncipe, pretende instalar no Brasil. O Rio de Janeiro, onde a companhia mantém um porto em Angra dos Reis, é outro Estado que está na disputa.
A multinacional, que produz tubos flexíveis para a indústria do petróleo, quer definir até o final deste ano o local onde será instalada sua nova fábrica. A estimativa é de que R$ 600 milhões sejam investidos nesta empresa.
As informações foram dadas pelo diretor comercial subsea da Technip, Paulo Veronesi, que participou da mesa-redonda sobre a demanda das grandes empresas em bens e serviços no Estado. O debate foi parte das atividades de ontem da quarta edição da Feira da Metalmecânica, Energia e Automação (Mec Show), que vai até amanhã no Pavilhão de Carapina.
Veronesi disse que uma das áreas visitadas fica em Vila Velha, na região onde está o Instituto de Reabilitação Social (IRS). "O local a ser escolhido precisa ter fácil acesso marítimo e, ainda, ter calado para a implantação de um porto", explicou Veronesi.
Oferta
Ainda na feira, durante visita que fez aos estandes ontem à tarde, o governador Renato Casagrande disse que o Espírito Santo fará tudo para atrair mais este investimento. "Nós ainda estamos definindo o que poderá ou não ser feito na área dos presídios, em Vila Velha", explicou.
Mesmo sem esta definição, que deverá estar pronta nos próximos meses, Casagrande disse que os executivos da Technip já visitaram a área em Vila Velha, no ano passado. "A empresa só não construirá no Estado se não quiser", afirmou Casagrande.
A Flexibrás é uma das maiores fornecedoras de tubos flexíveis para a Petrobras. Outra multinacional, a Wellstream, concorrente da Technip, já está instalada em Niterói. E mais uma gigante do setor, a dinamarquesa NKT, vai se instalar no Brasil e esteve no Estado para estudar possíveis locais.
Fornecedores fazem negócios
R$ 29 milhões: foi o volume de negócios fechados durante dois dias nas Rodadas de Negócios do Sebrae-ES, durante a Mec Show 2011.
190 Micro e pequenas empresas participaram de 430 reuniões de negócios com 16 compradores de bens e serviços no Estado.
Falta de profissionais é destacada
Os executivos que participaram da mesa-redonda promovida pela organização da Mec Show, das empresas Baker Hughes, Schlumberger, Technip e Wellstream, afirmaram com unanimidade que há falta de profissionais treinados e qualificados no país.
Durante o debate sobre as demandas das grandes empresas em bens e serviços, os executivos informaram que a falta de profissional não se refere somente a engenheiros, mas principalmente de técnicos, além de pessoal para os setores operacional e administrativo.
As empresas insistem que os capixabas devem buscar qualificação, principalmente para atender às companhias do setor de petróleo e gás.
Fonte: A Gazeta (ES) Vitória/Denise Zandonadi
PUBLICIDADE