O novo presidente da Administradora da Zona de Processamento de Exportação de Cáceres (Azpec), Pedro Lacerda, coordenou ontem de manhã, em Cáceres (225 quilômetros ao oeste de Cuiabá), uma reunião com técnicos do Conselho Nacional das ZPEs, ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Tiago Nunes Mello e Leonardo Rabelo Santana têm a tarefa de percorrer o país, visitando cada uma das 23 ZPEs existentes.
Segundo eles, 11 delas fazem parte do grupo das novas, e as 12 restantes existem há mais de 20 anos e nenhuma está funcionando. “ Encontram-se em diferentes estágios, pois fazem parte de um projeto retomado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, depois de anos de estagnação. O programa foi resgatado em 2007. No final de 2009 o Conselho começou a trabalhar efetivamente, regulamentando os processos básicos.
Os técnicos estão em busca de informações, especialmente sobre as mais antigas, para detectar pontos onde o governo federal pode ajudar. “ZPE é um mecanismo criado no Brasil há 40 anos, e há 20 começou a se transformar em projeto. É um instrumento de desenvolvimento antigo no mundo. Há três mil delas instaladas, apenas com denominações similares”. A ZPE de Mato Grosso em Cáceres, segundo eles, está próxima de ser instalada. Todos os trâmites burocráticos “andaram” e falta agora a estrutura básica para a instalação das empresas.
Uma das interessadas é a Floresteca, que funciona em Cáceres e trabalha com exportação de toras e blocos de árvore teca. Fausto Hissashi Takizawa, que participou da reunião, afirmou que a ZPE vai aumentar a competitividade de quem produz voltado à exportação, em função da série de benefícios fiscais que as empresas têm para se instalar. Há ainda o ganho social, com ampliação e geração de novos empregos”. O discurso de Fausto vai ao encontro daquilo que os técnicos do Conselho buscam: o desenvolvimento regional, a exportação e a difusão tecnológica.
Para o secretário-adjunto de Indústria e Comércio de Mato Grosso, Márcio Mesquita, não se fala em ZPE sem se falar em hidrovia, ferrovia e aeroporto, sem se esquecer de que Cáceres é uma cidade turística, segmento que tem de ser fortalecido. Ele anunciou que, assim que o aeroporto local – atualmente desativado - for reestruturado, receberá voos regulares da Trip, que faz a linha Cuiabá\Rondônia, e fará escala em Cáceres. O prefeito Túlio Fontes afirmou que o projeto de reforma do aeroporto é prioridade, e disse que a implantação da ZPE exige celeridade, deixando de ser bandeira política, como foi no passado.
Fonte: Diário de Cuiabá/CLARICE NAVARRO DIÓRIO/Da sucursal de Cáceres
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