Os preços do cobre continuaram subindo ontem, prolongando um rali que começou a um mês e levando o metal a um recorde de US$ 4,45 a libra, com base em especulações de que o fornecimento global possa ficar abaixo da demanda, à medida que a recuperação da economia global é retomada.
Em 2010, o cobre teve alta de 33% à medida que a economia se recuperava da mais profunda recessão desde a Segunda Guerra Mundial, liderada em parte pela demanda vinda da China, a maior consumidora do metal no mundo. Analistas do Barclays Capitale Standard Bank Group projetaram uma defasagem, já que as mineradoras não conseguem manter o ritmo da demanda.
O metal "é um barômetro do vigor da economia", disse Matthew Zeman, um corretor no LaSalle Futures Group em Chicago. "As pessoas estão captando a mensagem de que a recuperação global está ganhando ímpeto. A oferta não conseguirá manter o ritmo da demanda. A China retornará ao mercado em busca de mais cobre."
No Comex em Nova York, o contrato futuro do cobre para entrega em março aumentou US$ 1,05, ou 0,2%, para se acomodar em cerca de US$ 4,46 . Antes, o preço chegou a subir até 5,1 centavos de dólar, a um recorde de US$ 4,48. Em dezembro, o metal deu um salto, subindo 16%, na maior alta desde março de 2009. A Bolsa de Metais de Londres e a Bolsa de Futuros de Xangai estiveram fechadas ontem devido aos feriados.
O International Copper Study Group havia projetado um déficit global do cobre de 435 mil toneladas métricas neste ano.
As interrupções da oferta no Chile, o maior produtor, estão ajudando a dar sustentação aos preços. Um acidente ocorrido no dia 29 de dezembro na refinaria Chuquicamata, da Codelco, refreou a produção, enquanto a mina Collahuasi, da Anglo Americane da Xstrata, talvez não consiga abastecer todos os clientes, depois que um acidente fechou um porto em 18 de dezembro.
Um terremoto de magnitude 7,1 ocorreu próximo de Temuco no sul do Chile domingo, segundo o U.S. Geological Survey. O tremor, de intensidade média, cortou linhas telefônicas e de eletricidade, informou o serviço de emergência do governo, Onemi, em seu site na internet. Não houve nenhum registro imediato de danos à infraestrutura ou de feridos.
Os preços internacionais do petróleo também fecharam em alta, com expectativas de que a economia dos EUA continuará se recuperando e a demanda pela commodity seguirá crescente.
Em Nova York, o contrato do WTI para fevereiro terminou cotado a US$ 91,55 o barril, alta de 0,17%. O vencimento de março subiu 0,21%, para US$ 92,43. Em Londres, o Brent de fevereiro fechou a US$ 94,84, elevação de 0,09%. O contrato de março subiu 0,13%, cotado a US$ 94,80.
Os investidores estiveram atentos às notícias positivas dos EUA, o que amenizou as pressões da valorização do dólar frente às principais moedas do globo sob as cotações do petróleo.
O indicador de atividade manufatureira dos EUA do Institute for Supply Management (ISM) registrou aceleração em dezembro, marcando 57 no último mês do ano passado, após ficar em 56,6 em novembro. Os indicadores de produção, carteira de pedidos e estoques também avançaram. Na China, o Índice dos Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês) para o setor não-manufatureiro. O indicador subiu 3,3 pontos no mês passado ante novembro, para 56,5%. (Com Valor Online)
Fonte: Valor Econômico/Bloomberg
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