A Transpetro, braço de transportes da Petrobras, disse ontem que só vai autorizar a realocação dos dutos que passam sob o terreno onde será construído o estádio do Corinthians, no bairro de Itaquera, na Zona Leste da capital, depois da assinatura de contrato que determine que os custos estimados em R$ 30 milhões sejam assumidos pelo clube. "A companhia informa que já obteve todas as licenças necessárias para viabilizar o reposicionamento dos dutos e aguarda uma definição dos empreendedores do estádio a respeito do investimento necessário para as obras, que não será feito pela Transpetro", informou em nota a empresa.
O valor para as obras de remoção e reposicionamento das tubulações está orçado inicialmente em R$ 30 milhões. A decisão da Transpetro de aceitar realocar seus dutos sob a condição da assinatura de um contrato atende à recomendação feita pelo Ministério Público Federal em São Paulo.
"O valor efetivo destes custos só poderá ser especificado quando a Transpetro e os empreendedores firmarem o instrumento jurídico que vai regular a remoção e realocação dos dutos", disse a gerente-geral do departamento jurídico da Transpetro, Maria Carolina Gomes Pereira Vilas Boas, em comunicado divulgado pelo MPF.
O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, disse na quarta-feira que o valor referente à realocação dos dutos está no orçamento da obra, de 820 milhões de reais. "Está incluído, podem ficar despreocupados", disse. A Odebrecht, empresa responsável pelas obras, informou que a questão dos dutos é entre o Corinthians e a Petrobras e que vai fazer o que a estatal pedir para ajudar na realocação.
Fonte: Valor Econômico/Reuters, de São Paulo
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