A Usiminas Mecânica obteve nesta segunda-feira (2) as Licenças Prévia e de Instalação para o projeto da fábrica de módulos para plataformas offshore em Cubatão, São Paulo. Esta é a principal fábrica de um conjunto de três unidades que farão parte do novo Complexo Industrial que será instalado em uma área anexa à Usiminas. O projeto, orçado em US$ 200 milhões, foi anunciado no ano passado e será voltado para o atendimento do setor de óleo e gás. O complexo deverá entrar em operação em 2011, com capacidade de produção de até 18 módulos simultaneamente, utilizando como matéria-prima chapas grossas e bobinas vindas da usina de Cubatão e de Ipatinga.
A partir da obtenção das licenças ambientais, junto à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a Usiminas Mecânica vai detalhar o projeto executivo da fábrica de módulos.
Segundo o superintendente de Óleo e Gás da Usiminas Mecânica, Carlos Alberto Schneider, a unidade abre espaço para a empresa participar das primeiras concorrências da Petrobras ou de empresas fornecedoras e também começar a produzir os módulos. "É mais uma etapa para participar das concorrências e assinar os contratos de fabricação destes módulos com a Petrobras", afirmou.
As primeiras licitações da Petrobras deverão ocorrer ainda este ano. A idéia é que, paralelamente à instalação da fábrica, a empresa já comece a elaborar a produção dos primeiros módulos e esteja apta a entregar os produtos no início de 2012. "A partir das primeiras encomendas poderemos fabricar os módulos e embarcar via Terminal Marítimo de Cubatão", apontou o superintendente. A segunda unidade do Complexo fabricará estruturas metálicas e a terceira produzirá blocos, ambos os produtos voltados para a indústria naval.
A estratégia da Usiminas é a consolidar a atuação da empresa em mercados consumidores de produtos de alto valor agregado. Neste sentido, Cubatão seria uma plataforma para a fabricação de produtos que atendem toda a cadeia produtiva de petróleo e gás. "Esta é uma ponta de lança da estratégia da Usiminas, que pretende elevar o volume de vendas totais de aço com maior valor agregado de 22% para 50%, nos próximos quatro ou cinco anos", apontou o executivo.
Ipatinga
Ao lado do projeto de Cubatão, a empresa está em processo de instalação da tecnologia de resfriamento acelerado na Usina de Ipatinga (MG), que demandará aportes de R$ 650 milhões, com uma capacidade prevista em torno de 300 mil e 500 mil toneladas anuais, voltadas prioritariamente para o mercado interno.
A tecnologia de Resfriamento, também denominada CLC ("Continuous Line Control", na sigla em inglês) foi desenvolvida pela japonesa Nippon Steel, uma das controladoras da siderúrgica e que também é responsável pela fabricação do equipamento.
Pelo acordo firmado com a companhia japonesa, a Usiminas será a única siderúrgica brasileira fora do Japão a ser licenciada para produzir chapas grossas de alta resistência e com características ideais para suportar as condições extremas da exploração de petróleo na camada pré-sal.(Fonte: Monitor Mercantil)
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