Após iniciar neste mês a produção de sua terceira bateria de coque, a Usiminas parte agora para outro grande projeto ligado à busca por autossuficiência no suprimento de matérias-primas: a reforma da segunda coqueria instalada na usina de Ipatinga (MG).
Dada a magnitude das obras que serão realizadas no local, a tarefa é considerada pelos diretores do grupo como uma "reconstrução" da unidade existente. Tanto que os aportes previstos somam R$ 1 bilhão, sendo R$ 823 milhões apenas na reforma - montante superior aos investimentos de aproximadamente R$ 700 milhões na construção da coqueria 3.
O saldo remanescente corresponde a outros investimentos relacionados à bateria de coque, o que inclui infraestrutura logística e melhorias ambientais. "Será praticamente uma coqueria nova", afirma Marco Paulo Penna Cabral, vice-presidente industrial interino da Usiminas.
O inicio dessa "reconstrução" está previsto já para outubro, com duração estimada em 36 meses. O projeto elevará a capacidade de produção da unidade em aproximadamente 250 mil toneladas, para um volume ao redor de 1,15 milhão de toneladas de coque - insumo utilizado em altos-fornos como agente de redução do minério de ferro.
Somando a bateria 3, que começou a operar dia 15 - com capacidade de 750 mil toneladas anuais -, a Usiminas terá condições de produzir aproximadamente 1,9 milhão de toneladas de coque a partir de 2013, um volume que garantirá à empresa autossuficiência no consumo deste insumo em Ipatinga. "Isso já será suficiente para atender à nossa demanda", aponta Cabral.
A empresa assinala que a nova coqueria ajuda a eliminar a exposição às oscilações do preço do insumo no mercado externo, dado que toda a demanda por coque da usina de Ipatinga passará, no futuro, a ser suprida pela produção própria desta matéria-prima. Durante o pico das obras da terceira bateria de coque, foram gerados 5 mil empregos diretos, informa a companhia.
A ideia é fechar a primeira coqueria de Ipatinga - que opera desde a fundação da usina - assim que as baterias 2 e 3 estiverem operando a plena capacidade. No caso da terceira coqueria, isso já deve ocorrer em meados de outubro, prevê Cabral.
A expectativa do grupo é investir R$ 3,2 bilhões neste ano e mais R$ 2,7 bilhões em 2011.
Fonte:Valor Econômico/Eduardo Laguna | De São Paulo
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