A Vale adiou para 30 de março o prazo para uma decisão sobre o projeto de exploração de potássio em Sergipe, que teria capacidade para produzir no mínimo 2,2 milhões de toneladas por ano. A principal causa do adiamento é a disputa entre os municípios de Capela e Japaratuba sobre a cobrança de impostos e pelos investimentos com o projeto.
A Vale quer evitar em Sergipe a repetição da experiência na Argentina, onde problemas com os governos federal e das províncias a levaram a abandonar o projeto Rio Colorado. Mas no país vizinho o que mais pesou foi a situação econômica. "Tivemos que tomar uma atitude dura. Talvez hoje, se eu tivesse levado à frente o projeto, o prejuízo não seria de R$ 5,4 bilhões, mas de R$ 15 bilhões", disse ao Valor o presidente da empresa, Murilo Ferreira.
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Essas duas situações mostram como a Vale tem encontrado dificuldades para levar adiante o plano de se transformar em uma grande produtora mundial de fertilizantes, como se esperava no setor desde que, em 2010, a empresa comprou a Fosfertil e ativos da Bunge.
Fonte: Valor Econômico/Francisco Góes e Carine Ferreira | Do Rio e de São Paulo