O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, se reuniu ontem com o ministro do Planejamento da Argentina, Julio de Vido, e a cúpula da mineradora Vale, na sede da embaixada brasileira em Buenos Aires. A Vale realiza em Malargue, na província de Mendoza, o projeto Rio Colorado, de extração de potássio, um fertilizante que, após beneficiado, será exportado por um porto a ser construído na província de Buenos Aires. É o maior investimento privado na Argentina, da ordem de US$ 5 bilhões, e está sendo revisto pela empresa, que não retomou as atividades no local após o recesso de fim de ano. Na reunião, ficou decidido que o governo argentino irá dar o tempo que a mineradora pedir para mudar a engenharia financeira do projeto.
"Há uma decisão política de que o projeto irá continuar. O problema é financeiro, e não operativo. Estamos buscando fundos de investimento que possam associar-se à empresa", afirmou em entrevista coletiva para jornais de Mendoza o governador da província, Francisco Pérez, que participou da reunião.
Perez descartou que o governo argentino ou o local aportem recursos. Na reunião, ficou acertado que a Vale irá divulgar um novo cronograma do investimento até 28 de fevereiro. Perez foi o único participante da reunião que comentou o encontro. Também estavam o vice-ministro da Economia argentino Axel Kicillof , o secretário de Mineração, Jorge Mayoral, o embaixador brasileiro Enio Cordeiro, o presidente da Vale, Murillo Ferreira, e o diretor da operação argentina, Sergio Leite.
A presidente Dilma Rousseff e a presidente Cristina Kirchner devem se encontrar em Calafate, na província de Santa Cruz, no dia 7 de março. O tema provavelmente fará parte do encontro.
Fonte: Valor / César Felício
PUBLICIDADE