O presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou, ontem, que os vinte maiores projetos na carteira da mineradora demandarão US$ 35 bilhões nos próximos quatro anos. O valor faz parte dos US$ 48,5 bilhões que a empresa começou a investir desde o ano passado. Somente em 2011, foram investidos US$ 13,5 bilhões desse total.
Nessa conta, a Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP), empreendimento da mineradora com as coreanas Dongkuk e Posco, no Ceará, deverá receber aproximadamente US$ 2,35 bilhões por parte da empresa, sendo prevista a aplicação de US$ 563 milhões em 2012.
Ferreira explicou que o montante será aplicado em expansões e conclusões de projetos em andamento. Nesta conta não estão inclusos projetos que serão construídos do zero.
Em andamento
"Apenas projetos em andamento estão dentro desse montante", afirmou, durante evento com empresários, no Rio de Janeiro. Murilo ressaltou que nesta carteira não está incluso, por exemplo, o maior projeto da empresa, a mina de Serra Sul, que ficará ao lado da maior mina da Vale em operação, Carajás, no Pará. Segundo ele, Serra Sul demandará US$ 19,5 bilhões de investimento e a previsão de conclusão é para 2016. Este projeto prevê a produção de 90 bilhões de toneladas de minério por ano. Carajás, segundo Ferreira, ultrapassou 100 bilhões de toneladas ao final do ano passado.
Murilo acrescentou ainda que o investimento na mina será levado à apreciação do Conselho de Administração da Vale ainda no primeiro semestre deste ano. O objetivo é anunciar oficialmente o investimento assim que sair a aprovação do conselho. O executivo destacou ainda a importância da China na operação da empresa. Atualmente, 53% da receita da mineradora vêm da Ásia. Desse total, 32% vêm da China. Europa, que já foi o maior mercado da Vale, hoje responde por apenas 19% da receita.
Fonte: Diário do Nordeste (CE)
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