SÃO PAULO - A capacidade de produção da Vale será de 450 milhões de toneladas anuais no período de cinco anos que se encerra em 2014. A previsão foi feita ontem pelo diretor da empresa para materiais ferrosos, José Carlos Martins. A previsão de produção inclui pelotas.
Martins disse também que a Vale está definindo pontos de distribuição de minério em Omã e na Malásia, como parte da estratégia para redução de custos no transporte.
Por sua vez, a siderúrgica Usiminas informou ontem que foram concluídas as negociações e assinados os contratos definitivos para o estabelecimento de uma joint venture (associação) com a Sumitomo Corporation. O negócio foi divulgado pela empresa em 30 de junho e os contratos assinados mantiveram as mesmas condições divulgadas naquela data. Eles estabelecem que o fechamento da operação deve ocorrer, em princípio, até o dia 15 de abril de 2011. "No entanto, a companhia espera que antes de tal data já tenham sido cumpridas todas as condições precedentes contratualmente previstas", disse a Usiminas.
A associação envolve o desenvolvimento de um projeto integrado de mineração que inclui a exploração e a operação de ativos minerários na região de Serra Azul (MG), o desenvolvimento de atividades de logística relacionadas ao transporte de minério de ferro, e a criação e elaboração de alternativas portuárias para exportação do minério produzido.
A Sumitomo pagará à Musa valor equivalente a até US$ 1,929 bilhão: US$ 1,350 bilhão à vista, na data do fechamento da operação, e até US$ 579 milhões a prazo e condicionados à ocorrência de eventos futuros relacionados ao incremento das atuais reservas de minério de ferro da Musa e à efetivação de alternativa portuária para a exportação do minério de ferro.
Crescimento
Em análise sobre o setor de mineração e metais, a Ernst & Young constatou crescimento no primeiro semestre de 2010, em volume e no valor das negociações. O número de transações concluídas no período no mundo chegou a 544, o que representa um aumento de 20% se comparado aos dados dos primeiros seis meses do ano passado. Essas operações somaram US$ 40,6 bilhões, volume 46% maior que o alcançado no mesmo período, em 2009.
Segundo o estudo, a retomada tem sido impulsionada pelo mercado asiático. Os principais compradores do setor vêm do bloco formado por China, Japão, Índia, Cingapura e Coreia do Sul.
Ao mesmo tempo, há um forte movimento de consolidação do mercado norte-americano, que liderou os processos de aquisição e os negócios de maior valor no primeiro semestre deste ano e deve manter o ritmo nos próximos meses. A análise global também mostra sinais positivos no restante do continente americano.
Fonte:DCI/PanoramaBrasil
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