De olho na maior representatividade da área de tratamento de resíduos, a Vega Engenharia Ambiental, empresa do grupo Solví, tem como meta ampliar seu faturamento em nada menos que 80% em cinco anos.
A expansão representa um aumento dos R$ 900 milhões obtidos em 2011 para um total de R$ 1,6 bilhão, em 2016. Apenas em 2012, o faturamento deve subir para R$ 1,2 bilhão, com planos de investimento da ordem de R$ 130 milhões.
"Nosso foco principal está na área da indústria de valorização de resíduos, com o tratamento em aterros, principalmente, e com geração de biogás e energia, acompanhado por reciclagem e compostagem", diz o presidente da Vega, Carlos Júnior.
Esse segmento é responsável hoje por aproximadamente 50% dos negócios da companhia - com a outra metade oriunda da área de limpeza urbana -, mas a participação deve atingir 70% em 2016, segundo o executivo.
A Vega atende hoje diretamente ou via empresas controladas 30 municípios brasileiros, entre os quais se destacam São Paulo (SP), Salvador (BA), Porto Alegre (RS), Londrina (PR) e Belo Horizonte (MG). A maior parte demanda serviços de limpeza e tratamento de resíduos, e a companhia dá preferência para os investimentos de longo prazo, via Parcerias Público-Privadas (PPP) e concessões.
Os aterros privados estão no centro das atenções e a ideia é desenvolver por volta de dez unidades nos próximos dois anos.
No fronte internacional, a atuação da empresa, até então concentrada em apenas três cidades do Peru, ganhou reforço no início deste mês. A Vega assinou um contrato emergencial para atender a cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra, que deve render um valor estimado de US$ 28 milhões em 14 meses.
O presidente da companhia ressalta que pretende ir além e analisa atuar em outras cidades da América do Sul, mas não releva as preferências, consideradas estratégicas ao grupo.
A Vega Engenharia Ambiental representa hoje cerca de 60% do faturamento do grupo Solví, controlada por executivos brasileiros que atuavam no grupo francês Suez. A holding detém empresas que atuam nos segmentos de saneamento, valorização energética e engenharia, além da área de resíduos.
Fonte: Valor Econômico/Por Beatriz Cutait | De São Paulo
PUBLICIDADE