A Worldsteel Association, entidade que reúne 170 produtores representando mais de 85% da fabricação mundial de aço, cortou suas projeções de demanda global. A nova projeção é de crescimento de 2% no consumo aparente, para 1,56 milhões de toneladas, ante previsão anterior de 3,1%. Para o ano que vem, a perspectiva também não é de aceleração relevante. O avanço previsto é de 2%, para 1,59 milhões de toneladas. Para efeito de comparação, em 2013 a alta chegou a 3,8%.
"A tendência positiva vista no segundo semestre de 2013 acabou neste ano com o desempenho mais fraco que o esperado, tanto nos mercado emergentes como nos desenvolvidos", comentou, em nota, o presidente do comitê econômico da Worldsteel, Hans Jürgen Kerkhoff.
Na China, por exemplo, que é a maior consumidora global de aço, a projeção é de apenas 1% em 2014, alcançando 748 milhões de toneladas. Na previsão anterior, o índice era de 3%. A expansão deve perder ainda mais ritmo em 2015, quando a perspectiva cai para leve aumento de 0,8%, para 754,3 milhões de toneladas.
Já no Brasil o cenário é mais grave. Com o enfraquecimento da economia, o consumo aparente de aço deve cair: para este ano a entidade aguarda recuo de 4,1%, para 25,3 milhões de toneladas. isso significa corte alto ante a projeção de alta de 3%. Para 2015 se prevê leve recuperação: 1,5%.
Nas Américas Central e do Sul como um todo, a expectativa é de queda de 2,4% neste ano e de aumento de 3,4% em 2015. Mesmo essas novas projeções ainda estão sujeitas a mudanças. A entidade disse que a provável elevação da taxa de juros nos EUA pode comprometer ainda mais o acesso ao capital por países emergentes.
A Worldsteel apontou ainda o bom momento do setor na União Europeia, com projeções de 4% neste ano e de 2,9% em 2015. E traçou um cenário melhor para os EUA, com avanço de 6,7% da neste ano (ante 4% da previsão de abril) e de 1,5% no próximo ano.
(Fonte: Valor Econômico\Renato Rostás | De São Paulo)
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