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50 embarcações em cinco anos

Estaleiro Guarujá II inicia operação em outubro e Wilson, Sons dobrará capacidade instalada

A Wilson, Sons Estaleiros possui como meta a construção de 50 embarcações, entre OSVs e rebocadores até 2017. O diretor executivo, Adalberto Luiz Renaux Souza, destaca que a empresa vai dobrar a capacidade instalada com a segunda unidade de seu estaleiro no Guarujá (SP), onde poderá processar até 10 mil toneladas de aço por ano. A cerimônia de batimento de quilha está prevista para outubro e as obras devem ser concluídas até o início de 2013. O investimento na nova unidade é de US$ 47 milhões.

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O estaleiro Guarujá I possui capacidade de processar 4,5 mil toneladas de aço por ano. A unidade ocupa área de 22 mil metros quadrados, com dique de 150 metros de comprimento por 16 metros de largura. Lá a empresa consegue entregar uma média de cinco rebocadores e três PSVs por ano. O Guarujá II ocupará área de 17 mil metros quadrados e poderá processar 5,5 mil toneladas de aço por ano. A segunda unidade possui dique com 135 metros de comprimento e 26 metros de largura. “O dique está pronto, mas os acessos ainda estão sendo finalizados”, contou Renaux, que participou da 9ª edição da Navalshore, em agosto, no Rio de Janeiro.

O diretor da Wilson, Sons Estaleiros diz que a empresa vem entregando as embarcações com um conteúdo local da ordem de 65%. Renaux explica que o estaleiro atua como integrador. A empresa recebe de parceiros alguns componentes, como blocos, tubulação, carpintaria e a parte de acabamento. Ele explica que o estaleiro firmou contratos com empresas como a WEG (sistemas elétricos) e a Sotreq (grupos geradores). Para compor esse conteúdo local, a empresa também possui parceiros para o fornecimento de blocos estruturais, nacionalização de bombas para sistemas navais e mobiliário.

Renaux diz que a empresa aposta em padronização das embarcações e defende a integração como forma de tornar o estaleiro competitivo. “Temos que apostar em padronização com um produto padronizado e adequado às especificações da Petrobras”, analisa Renaux. Ele explica que a área do Guarujá I é limitada para atender toda a demanda se o estaleiro atuasse como montador. “A grande vantagem que tivemos com a padronização das embarcações é que conseguimos cumprir o prazo adequado”, comemora Renaux.

A Wilson, Sons Estaleiros enxerga ótimas perspectivas para o setor de óleo e gás. De acordo com levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam) e do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), a demanda por embarcações de apoio (OSVs) deve pular de 390, em 2011, para 457, em 2015, e para 686, em 2020. A variação representa crescimento de 296% em 10 anos. Entre 2004 e 2011, o estaleiro Guarujá I entregou 35 embarcações, sendo 10 PSVs e 25 rebocadores.

Renaux afirma que a demanda é maior que a capacidade de construção naval. Ele acredita que a obtenção de licenças, a capacitação de pessoal, a escolha das parcerias e o mapeamento constante dos fornecedores sejam os principais desafios para que o estaleiro possa dobrar sua capacidade. Em maio de 2012, as obras foram interrompidas a pedido do Ministério Público que apurava o processo de licenciamento ambiental.

Atualmente, o estaleiro Guarujá I possui 569 empregados. A segunda unidade possui 150 colaboradores, número que deve chegar a 350 até dezembro de 2012. A empresa aposta na formação de pessoal em seu centro de treinamento e com parcerias nas escolas técnicas.



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