O Grupo Sete Brasil, criado pelo governo em 2011 para analisar contratos de construção de sondas de perfuração para a área do pré-sal, conta com a participação do Pactual, Bradesco e outros acionistas majoritários do sistema financeiro.
Há dois anos, quando se detectava uma crise no grupo OGX, foi levado para este grupo uma proposta para que adquirisse os estaleiros da OSX, do grupo de Eike Batista.
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O presidente do grupo naquele momento, Luiz Eduardo Carneiro, foi indicado agora para presidir o grupo Sete, ligado à Petrobras. Por mais competência que possa ter este senhor, não é oportuno, nem ético, que o representante de uma empresa em liquidação judicial, e cuja negociação com a Petrobras foi vetada no passado, venha a presidir uma empresa que também conta com a participação acionária do Pactual e do Bradesco, grandes credores do grupo OGX.
Ou seja, além da Petrobras ser uma empresa do governo, estes dois bancos, acionistas da Sete, também são credores da companhia que Luiz Eduardo Carneiro presidiu. No mínimo, há uma falta de ética neste momento de crise de ordem moral pela qual a Petrobras está passando.
Fonte: Jornal do Brasil