SÃO PAULO - O acidente ocorrido no Golfo do México, em uma plataforma de petróleo operada pela BP, poderá resultar em maiores custos operacionais às companhias petrolíferas, mas não ao ponto de inviabilizar economicamente a extração, avalia o empresário Eike Batista, controlador da OGX.
Durante evento promovido pela revista Exame em São Paulo, o empresário disse que um dos resultados do acidente poderá ser um maior rigor nos sistemas de segurança na exploração de petróleo offshore. "Aumenta o custo, mas nada impede que o negócio seja interessante", afirmou Eike, ponderando que o vazamento da BP é um caso isolado no mundo.
O executivo ainda defendeu a necessidade de a Petrobras fomentar o surgimento de grandes estaleiros no país, um segmento em que seu grupo investe por meio da OSX. "A Petrobras deveria escolher dois ou três estaleiros para que eles se tornassem competitivos. Fazendo poucas unidades, não há como ter a competitividade da Coreia do Sul."
Eike explicou que, atualmente, os estaleiros no Brasil produzem apenas parte dos navios, o que inviabiliza linhas de montagem. "Ter que transportar as partes de um estaleiro para outro acaba elevando o custo de produção em 40%."
Fonte: Valor Econômico/Francine de Lorenzo e Eduardo Laguna
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