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Acionistas asiáticos são nova meta da Petrobras

SÃO PAULO - Petrobras e Cemig buscam cada vez mais o potencial dos investidores do Oriente Médio e da Ásia para investimentos no Brasil. "Há fundos soberanos e de equity no Oriente Médio e na Ásia que só aceitam conversar se o investimento for superior a US$ 1 bilhão", declarou o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, aos participantes do Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, realizado em São Paulo, nessa quinta-feira.
"Nossa base acionária na Ásia e no Oriente Médio corresponde a 2,7% dos investidores. Há espaço para crescimento dessa base acionária", afirmou o gerente de Relações com Investidores da Petrobras, Hélder Paes Moreira Leite, durante o evento promovido pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) e pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri).
Para efeito de comparação, a distribuição dos investidores da Petrobras é liderada por Estados Unidos e Canadá com 54%, Europa com 23,1% e América Latina (inclui Brasil) com 20,2%.
Nesse mesmo painel, Acesso a Mercados Diferenciados, o diretor executivo do banco J.P. Morgan, Matthew Kolby e o gerente corporativo da Thomson Reuters, David Kahn, informaram que os fundos de investimento do Oriente Médio e da Ásia participam com cifras entre 20% e 30% de aportes em empresas de outros continentes.
De acordo com o executivo da Petrobras, a companhia brasileira é bem recebida naqueles países principalmente porque possui bases instaladas em: Japão, China, Índia, Paquistão, Irã, Turquia, Cingapura, Nova Zelândia e Austrália.
"Aproveitamos a infraestrutura de eventos da Fórmula 1, como o GP da Malásia e ou de Sydney [Austrália] para promover encontros com investidores e apresentar a companhia", contou Leite.
"Em 2010 já realizamos um road show em Hong Kong (China) e foram realizados outros quatro em 2009, um dos quais foi promovido pelo HSBC", destacou Leite ao falar da estratégia da Petrobras em conquistar novos investidores no continente asiático.
O executivo da Petrobras lembrou que recentemente a companhia brasileira conseguiu um empréstimo de US$ 10 bilhões com um fundo chinês com prazo de 10 anos. "Eles são ávidos por novos empréstimos porque eles são grandes demandantes de recursos naturais. Esse fundo quis oferecer US$ 14 bilhões à Petrobras, nós é que o limitamos a US$ 10 bilhões", comentou Moreira Leite. Ele citou alguns dos principais fundos investidores da Petrobras na Ásia: China Investment Corporation, Government Investment Corporation (China), Temasek Holdings (Cingapura), Kamco e Samba (Coréia do Sul).
Moreira Leite não deixou de citar os fundos japoneses. "Temos samurais bonds com vencimento para 2016, algo como US$ 300 milhões dos fundos Mitsubishi UFJ Securities e Nomura Securities Co", mencionou o executivo.
Durante a sua exposição, Moreira Leite comentou que faz um trabalho para identificar áreas de crescimento e citou a recente conferência Tokio Brasil promovida pelo banco Itaú em abril desse ano e a TBLI Conference Ásia, realizada no último mês de junho.Questionado pelo DCI se essa seria uma importante estratégia para a breve capitalização da Petrobras, o executivo foi evasivo.
"Estou proibido pela CVM de falar sobre a capitalização que está prevista para setembro e outubro", justificou Leite.
Com mais liberdade de expressão, o diretor de Finanças e RI da Cemig, Luiz Fernando Rolla, comentou as boas perspectivas no continente asiático. "Buscamos investidores com visão de longo prazo. Oriente Médio e Ásia são uma nova fronteira de captação de investimentos. No mundo, eles têm um peso semelhante ao dos europeus", avaliou o diretor da Cemig.
"Por conta da natureza do nosso negócio em energia, nossa prioridade lá são os fundos de pensão, mas também conversamos com fundos de equity", revelou o diretor da Cemig.
O executivo identificou os principais fundos de investimento daquela região: China Asset Management (China), Abu Dhabi Investment e Ahbar Investment (Emirados Árabes), Temasek Holdings, GIC e UOB (Cingapura), Mitsubishi Trust e Black Rock Japan (Japão) e JF Asset Management, de Hong Kong, outro centro financeiro da China.
O free float da Cemig está distribuído nos Estados Unidos e Canadá (51,8%), América Latina (22%), Europa (21,1%) e Oriente Médio e Ásia com 5,1%.
Fonte:DCI/Ernani FagundesRenato Carvalho



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