O governo de São Paulo lançou nesta semana uma linha de financiamento da agência Nossa Caixa Desenvolvimento para pequenas e médias empresas do setor de petróleo e gás. A medida faz parte dos esforços da administração para desenvolver o novo mercado no Estado e mira as indústrias da cadeia de fornecedores ao setor. "Nosso objetivo é atender a demanda com a perspectiva de crescimento do setor no Estado", diz Milton Luiz de Melo Santos, diretor-presidente da agência.
A agência de fomento paulista vai operar com juros de cerca de 8% ao ano - 0,65% ao mês mais IPC/ Fipe - e prazo de pagamento de até sete anos, com carência de dois anos. Para acessar a linha, a empresa deverá ter faturamento anual entre R$ 240 mil e R$ 100 milhões e ter sede no Estado. O valor do empréstimo deverá ficar entre R$ 30 mil e R$ 30 milhões, dependendo do faturamento.
Exemplos de empresas que devem ser beneficiadas pela nova linha de crédito são indústrias e varejo de móveis, eletroeletrônicos, equipamentos de informática, ferramentas e máquinas.
As micro, pequenas e médias empresas contam hoje com linha do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com taxa de juros TJLP (6% ao ano), mais 1%. Segundo a assessoria do banco, também está sendo estudada a criação de uma linha de financiamento específica para o setor de petróleo e gás, por conta da expectativa de demanda.
A agência paulista possui capital disponível de R$ 600 milhões e desembolsou R$ 200 milhões, segundo o último balanço, dos quais R$ 130 milhões são capital da agência, e R$ 70 milhões são repasses de financiamentos do BNDES.
O governo paulista quer tornar Nossa Caixa Desenvolvimento, em funcionamento há um ano, um braço importante para a expansão da atividade de petróleo e gás no Estado, e para isso tem planos de aumentar o capital da agência, de R$ 1 bilhão, para um patamar próximo a R$ 10 bilhões com a arrecadação futura de royalties.
Santos explica que, das cerca de 460 mil empresas que atuam hoje na cadeia de petróleo e gás natural no país, aproximadamente 30% estão em São Paulo. "O setor já está apresentando crescimento expressivo, e com o pré-sal aumentará ainda mais", diz o executivo.
Fonte: Valor Econômico/Samantha Maia | De São Paulo
PUBLICIDADE