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Alagoas e Pernambuco estão de olho no estaleiro Promar

Governo de Alagoas confirma interesse no empreendimento, mas diz que não deve tentar atraí-lo antes de ser resolvida a pendência no Ceará. Outro interessado, Pernambuco, vem construindo um polo naval
O impasse em torno do estaleiro Promar Ceará continua após o resultado da licitação da Transpetro, divulgado há quatro dias. A empresa PJMR espera uma nova reunião com a prefeita Luizianne Lins e o governador Cid Gomes para discutir o projeto, mas ainda não existe uma data. Em meio a esta interrogação, outros estados admitem interesse no empreendimento.
A PJMR tem até 30 de junho para assinar contrato com a Transpetro. A posse do terreno e a licença prévia para instalar o projeto são os documentos necessários. Mas, a 72 dias de terminar o prazo, ainda não existe uma solução sobre um local para o estaleiro no Ceará.
Já a estatal reitera que o empreendimento pode ser instalado ``em qualquer ponto do território nacional, desde que possua as condições técnicas mínimas necessárias para atender a Transpetro com os preços e os prazos acordados``.
O presidente da PJMR, Paulo Haddad, diz torcer por uma novidade nos próximos 15 dias. "Não sei se seria uma definição final, mas acredito em um avanço do que pode ser trabalhado ou estudado", comenta. "Agora é fundamental que eles (Luizianne e Cid) me deem um norte, uma direção", completa o presidente.
A licitação vencida é para a construção de oito navios gaseiros, a US$ 536 milhões.
O secretário do Desenvolvimento Econômico (Sedec) de Alagoas, Luiz Otavio, admite interesse no estaleiro, mas espera uma definição do Ceará. ``Não fica bem correr atrás de um investimento previsto para o Ceará. Seria até falta de ética``, assegura.
Mas, caso o projeto seja inviabilizado no Ceará, Luiz Otavio diz que haverá uma tentativa de atrair a PJMR. ``Se, comprovadamente, houver desistência, nós vamos procurar os empresários (do estaleiro)``, confirma.
Outro estado interessado é Pernambuco. ``Interesse nós temos. E muito", afirma o secretário-executivo do Desenvolvimento Econômico, Alberto Galvão. "O Estado de Pernambuco sempre tem interesse. Estamos construindo um polo naval``, detalha.
No Complexo Industrial Portuário de Suape, a 45 quilômetros do Recife, foi construído o Estaleiro Atlântico Sul. Também devem se instalar o coreano STX e o português MPG Shipyards. Há ainda três projetos brasileiros. Alberto lembra que, ao instalar um estaleiro, o Pernambuco atrai ainda uma série de empresas por conta da necessidade de insumos.
Haddad alega ter preferência pelo Ceará. ``A empresa tomou a decisão de fazer no Ceará. E a gente só vai pensar em outra opção depois que o Ceará for esgotado (em possibilidade). Caso não se chegue a uma conclusão a gente pensa em outro lugar``, diz. ``Qualquer estado tem interesse``, completa.
EMAIS
- O estaleiro Promar Ceará, ainda virtual pertence à empresa PJMR - uma das sócias do estaleiro Atlântico Sul, localizado no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Ipojuca, a 45 quilômetros de Recife.
- Já em Alagoas também será construído um outro estaleiro, o Eisa Alagoas, da Efromovich. O projeto será instalado na cidade de Coruripe, a 85 quilômetros da capital Maceió.
- O Atlântico Sul S/A, criado em novembro de 2005, tem como sócios brasileiros os grupos Camargo Corrêa e Queiroz Galvão e a empresa PJMR. A sócia internacional é a sul-coreana Samsung Heavy Industries (SHI).
- A empresa é a maior e mais moderna do setor de construção e reparação naval e offshore do hemisfério sul, como faz questão de ressaltar o Governo de Pernambuco.

Fonte: O Povo (CE)/Diego Lage

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