Trinta e um blocos de exploração de petróleo no Espírito Santo serão ofertados na 14ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, prevista para acontecer em setembro deste ano, segundo a ANP.
Em reunião com o governo do Espírito Santo e empresários nesta quarta-feira (28), o diretor-geral da ANP, Décio Oddoni, disse que o Estado será destaque do país no setor e deverá receber aproximadamente R$ 50 bilhões em investimentos nos próximos anos.
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Ao todo, serão ofertados sete blocos na parte marítima da Bacia do Espírito Santo e 19 na parte terrestre, além de quatro blocos da Bacia de Campos localizados no litoral capixaba.
Também está na lista o bloco C-M-210, no setor SC-AP3 na Bacia de Campos, localizado na divisa com o Rio de Janeiro, que tem potencial para descobertas no pré-sal.
Oddoni explicou que o investimento de aproximadamente R$ 50 bilhões que o Espírito Santo deve receber virá de contratos novos e também dos que já estão em andamento. “Temos certeza de que o Estado será parte importante do processo de retomada do setor no Brasil”, afirmou Oddoni.
Blocos capixabas
A parte marítima da Bacia do Espírito Santo e a Bacia de Campos são tradicionais produtoras de óleo e gás natural do país.
A parte terrestre da Bacia do Espírito Santo é classificada como madura, ou seja, já foi densamente explorada e oferece oportunidades para as empresas de pequeno e médio porte nas atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural.
Os blocos terrestres abrangem os municípios de Conceição da Barra, Jaguaré, Linhares e São Mateus.
O Espírito Santo é atualmente o segundo maior produtor de petróleo no Brasil, atrás apenas do Rio de Janeiro. Em abril de 2017, o estado produziu 386.387 barris de petróleo por dia e 11,57 milhões de metros cúbicos de gás natural. O estado possui 47 campos produtores.
Blocos nacionais
Ao todo, serão ofertados 287 blocos em 29 setores de nove bacias sedimentares na 14ª Rodada, totalizando área de 122.615,71 km2.
A licitação tem como objetivos ampliar as reservas e a produção brasileira de petróleo e gás natural, ampliar o conhecimento das bacias sedimentares, descentralizar o investimento exploratório no país, desenvolver a pequena indústria petrolífera e fixar empresas nacionais e estrangeiras no país, dando continuidade à demanda por bens e serviços locais, à geração de empregos e à distribuição de renda.
O Certame foi autorizado pela Resolução CNPE 06/2017, de 11 de abril de 2017 e publicado no Diário Oficial da União em 20/04/2017.
Fonte: G1