O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, participou, nesta segunda-feira (30/10), do VII Seminário sobre Matriz Energética e Segurança Energética Brasileira e do 13ª Brazil Energy and Power, que ocorreram simultaneamente no Rio de Janeiro. Os eventos foram organizados pela FGV Energia e pela AmCham Rio.
Oddone participou do painel “Retomada do setor petrolífero brasileiro e as mudanças regulatórias necessárias”. Em sua apresentação, listou os principais pontos da agenda do setor de petróleo no Brasil. Ao falar sobre a importância da continuidade do calendário de rodadas de licitações, Décio Oddone informou que a previsão de arrecadação com a 2a e 3a Rodadas do Pré-sal, realizadas na última sexta (27/10), supera as primeiras estimativas da Agência.
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O diretor-geral da ANP afirmou que os estudos iniciais da Agência apontavam para arrecadação em torno de R$ 400 bilhões ao longo do período de produção dos campos do pré-sal licitados, incluindo excedente em óleo, royalties e imposto de renda. “Com as ofertas que tivemos, essa previsão foi revista e pode chegar a R$ 600 bilhões. Esses números mostram o sucesso dos leilões", disse o diretor-geral. Assim, a arrecadação total (bônus de assinatura, excedente em óleo, royalties e imposto de renda) deve ultrapassar amplamente as previsões iniciais.
Décio Oddone observou que não há como assegurar que as previsões irão se concretizar. “Ninguém tem certeza de que isso vai acontecer, porque a atividade de petróleo é de risco. Esse petróleo pode não ser encontrado, a produção pode não ser desenvolvida, mas mantidas as mesmas condições que nós tínhamos estimado anteriormente, com os percentuais ofertados no leilão, o resultado esperado é de cerca de R$ 200 bilhões a mais ao longo de 30 anos após o início da produção dos poços”, concluiu.
A realização dos leilões, além de impactar a arrecadação, possibilita a atração de investimentos e dá dinamismo ao setor de petróleo e gás que atravessava a maior crise da história.
Fonte: ANP