Um novo contrato para docagem de classe de navio (navio Pio Grande) foi firmado pelo Atlântico Sul com a Norsul, na quarta-feira (17), durante a Navalshore. É a segunda parceria entre as empresas. A Norsul tem uma frota de 21 navios, sede no Rio de Janeiro e escritórios em Santa Catarina e no Espírito Santo. Faz transporte de cargas como bauxita, celulose e aço.
“Fechamos o primeiro contrato no começo do ano e nos surpreendemos com a qualidade e a excelência, muito satisfeitos por termos feito a coisa certa – buscar um novo parceiro”, afirmou o gerente executivo de Frotas da Norsul, Leonardo Brum. “Além disso, estamos felizes por contribuir para gerar empregos no país e para a retomada da indústria naval brasileira, porque nossa prioridade é investir no Brasil.”
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Segundo Brum, a docagem nas instalações do Atlântico Sul em Pernambuco permite um traslado em apenas três dias de navegação, no caso das embarcações que partem do Norte e do Nordeste, uma redução de prazo que se reflete em menor tempo sem carga e diminuição no consumo de combustível. Se fosse preciso fazer a viagem até o Rio de Janeiro, comparou Brum, esse prazo aumentaria para dez dias, ou para 12, até Portugal, ou até 18, para chegar à Turquia.
“Conhecemos o nível de exigência em termos de qualidade e velocidade da Norsul e estamos muito satisfeitos de ver a companhia voltando para fazer a segunda docagem no estaleiro”, comemorou a CEO do Atlântico Sul Heavy Industry Solutions, Nicole Terpins. “Costumo dizer que nos mantemos em um constante processo de aprendizado e consequente melhoria contínua. Ter a Norsul de novo como nosso cliente não representa somente um novo projeto, mas sim a chance de nós fazermos cada vez mais e melhor.”
De acordo com a executiva, o Atlântico Sul começou a trabalhar no segmento de reparo em outubro de 2020, e, neste curto período, já se consolidou no mercado. “Hoje temos um “bom problema”: mais demanda do que capacidade. O que não deixa de ser um problema, e, por isso, trabalhamos no avanço da produtividade para que possamos utilizar a nossa capacidade o máximo possível.”
Além das intervenções tradicionais, o projeto inclui a instalação de um Sistema de Tratamento de Água de Lastro (BWTS, na sigla em inglês) e uma pintura de silicone no casco que permitirá ao navio navegar melhor, consumindo menos tempo e combustível, explicou Miro Arantes Filho, responsável pela Diretoria Técnica do Atlântico Sul. O sistema BWTS visa prevenir danos ao meio ambiente marinho e será requisito obrigatório a partir de 2024 para todos os navios com bandeiras de países signatários da Convenção BWTS. A operação representa de 300 a 350 empregos diretos, e mais 200 indiretos.
Fonte: EAS