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Bacias ao norte são novo foco do petróleo

Áreas que vão do Rio Grande do Norte ao Amapá devem despertar maior interesse em nova rodada de licitações

Região é considerada promissora após descobertas em área similar na África; OGX e HRT têm interesse

Quase quatro anos depois, o Brasil vai voltar a ofertar áreas marítimas com potencial de exploração de petróleo e gás.
São essas áreas que devem garantir o maior interesse das empresas na 11ª Rodada de Licitações da ANP (Agência Nacional do Petróleo).
Todos os blocos no mar estão na chamada Margem Equatorial, composta por cinco bacias que se estendem do Rio Grande do Norte ao Amapá.
Ainda pouco explorada -até hoje, foram feitas menos de 30 concessões-, as áreas da Margem Equatorial prometem ser o filé mignon do leilão, que não terá áreas do pré-sal, nem blocos marítimos das bacias de Santos, Campos e Espírito Santo, as três principais do país.

NOVA FRONTEIRA
A esperança sobre a Margem Equatorial é reforçada por recentes e significativas descobertas no oeste da África, especialmente em Gana e na Costa do Marfim. São regiões com características geológicas semelhantes à nova fronteira exploratória brasileira.
"Tem ocorrido descobertas em países africanos em áreas análogas à Margem Equatorial. Passou-se também a dar mais atenção para outras áreas. Esses fatos devem atrair muito interesse para o leilão", afirma Milton Franke, diretor de planejamento da HRT.
Não há produção no mar nas cinco bacias da Margem Equatorial, e o investimento em exploração ainda é pequeno. A Petrobras faz perfurações em alguns blocos em todas as bacias da região. A OGX, do empresário Eike Batista, tem blocos na bacia Pará-Maranhão e deve começar a explorá-los em breve.
As empresas já começaram a se movimentar em torno do primeiro leilão e a buscar -e comprar- informações geológicas sobre os blocos da rodada, especialmente os da Margem Equatorial.
As novatas OGX e HRT confirmaram interesse em participar da rodada.
As gigantes ainda mostram cautela. Shell, BG e Repsol dizem que estão avaliando o que será ofertado, assim como a Odebrecht Óleo e Gás. A Petrobras informou que está avaliando suas estratégias para participar do leilão.
As áreas terrestres não deverão ser ignoradas, embora devam atrair maior interesse entre as empresas de menor porte. Recentes descobertas da Petrobras e da OGX alertaram o mercado sobre perspectivas positivas nelas.
A bacia do Parnaíba, onde serão ofertados 20 blocos em terra, deverá ser outro foco de atenção. A OGX anunciou descobertas de grande quantidade de gás na região.
"Acreditamos que o interesse não vai diminuir em razão da exclusão do pré-sal. Também há oportunidades em áreas fora do pré-sal", afirmou Flavio Rodrigues, gerente de relações externas da Shell.

Fonte: Folha de São Paulo/CIRILO JUNIOR/PEDRO SOARES/DO RIO


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