Receba notícias em seu email

Navalshore

Biguaçu tenta captar novos investimentos após transferência do projeto do Estaleiro OSX

Biguaçu, na Grande Florianópolis, perdeu o estaleiro da OSX para o Rio de Janeiro, mas continua apostando no setor náutico. Na busca por tornar o município uma referência no segmento, a cidade trabalha em três frentes: contribuindo para o plano de gerenciamento costeiro estadual, em projetos de formação técnica e de macrodrenagem do Rio Biguaçu.

Mas, além disso, é preciso enfrentar a insegurança jurídica que afasta investimentos da cidade. Não só megaprojetos como o da OSX. A catarinense Schaefer Yachts quer ampliar seus negócios no município, mas não consegue. Na terça-feira, completou três anos o embargo da construção de uma nova fábrica.

O terreno, às margens do Rio Biguaçu, foi embargado pelo Ibama mesmo tendo uma licença ambiental da Fundação do Meio Ambiente (Fatma). O empresário Márcio Schaefer tentou um acordo com o Ibama por um ano, depois entrou na Justiça e espera, até o final de 2010, uma resolução para o problema.

— Estamos procurando uma alternativa. Eu não gostaria de sair da Grande Florianópolis, porque nasci e cresci aqui — desabafa Schaefer.

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação Tecnológica de Biguaçu, João Braz da Silva, comenta que existem empresas de fora do Estado interessadas em se instalar na cidade. Uma delas busca espaço para a construção de estaleiros.

— As negociações estão em fase embrionária, mas o investimento previsto demonstra o potencial que o setor náutico tem na cidade — avalia.

Ele destaca que o município tem mais de seis estaleiros instalados, mas reconhece que é preciso mais organização. Para alterar este quadro, a cidade prevê a revisão do plano diretor para ampliar as áreas industriais.

O gerente de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Secretaria de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis, Alessandro Garbelotto, lembra que está sendo discutido em cada município da região, incluindo Biguaçu, o Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro, que prevê áreas adequadas para empreendimentos e atividades que dependem da relação com rios e o mar.

A prefeitura de Biguaçu contribuiu com este debate apresentando locais de interesse náutico para o município, como toda a área navegável do rio que atravessa a cidade. Para Garbelotto, uma legislação mais clara sobre este tema impediria problemas como o vivido pela Schaefer Yachts.

Para o presidente da Fatma, Murilo Flores, a aprovação do Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro é "vital" para o desenvolvimento do Estado.

— A criação deste patamar vai tirar da licença ambiental uma competência de juízo de valor que não é dela.

A cidade tem ainda um projeto para macrodrenagem no Rio Biguaçu, com abertura do canal. O processo teria recebido um pronunciamento favorável do Ibama, segundo Silva, mas depende de concessão da Secretaria do Patrimônio da União (SPU).

Fonte: A Notícia (Jornal de Joinville)/Alessandra Ogeda






PUBLICIDADE




   Zmax Group    Antaq    Antaq
       

NN Logística

 

 

Anuncie na Portos e Navios

 

  Pesa   Syndarma
       
       

© Portos e Navios. Todos os direitos reservados. Editora Quebra-Mar Ltda.
Rua Leandro Martins, 10/6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20080-070 - Tel. +55 21 2283-1407
Diretores - Marcos Godoy Perez e Rosângela Vieira