"Percebi alguns impedimentos legais em aceitar o convite para gerir os destinos da pasta neste momento", afirmou
Em discurso no Plenário nesta terça-feira, 12, o senador Blairo Maggi (PR-MT) disse que não pôde aceitar o convite da presidente Dilma Rousseff para assumir o Ministério dos Transportes devido a "impedimentos legais". O senador contou que ao receber o convite, na última quarta-feira, 6, conversou com seus familiares e analisou questões empresariais, tomando a decisão de recusá-lo.
"Percebi alguns impedimentos legais em aceitar o convite para gerir os destinos da pasta neste momento", afirmou.
Blairo Maggi informou que uma de suas empresas, a Enasa (Empresa de Navegação da Amazônia S/A), mantém relações com órgãos do Ministério dos Transportes. A Enasa, disse o senador, utiliza-se de recursos do Fundo da Marinha Mercante para financiamento de navios e equipamentos de navegação.
"É um impeditivo legal e ético, pois poderia, em determinado momento, ter um conflito de interesses, afirmou.
Blairo Maggi disse, ainda, ter sido alertado para o fato de que toda a estrutura da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) está vinculada ao Ministério dos Transportes. A agência faz concessão de portos privados, e suas empresas têm negócios no setor.
"A ética é muito importante e todos devemos observá-la", declarou Maggi.
O senador agradeceu o convite da presidente Dilma Rousseff, que qualificou como honroso, e se colocou à disposição da presidente para colaborar com o país.
Apartes
O senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) classificou como nobre a atitude de Blairo Maggi. Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e Ana Amélia Lemos (PP-RS) elogiaram "a atitude ética" do colega. Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) disse que Blairo tem um papel importante na discussão do novo Código Florestal, que tramita no Senado. Gim Argello (PTB-DF) parabenizou o colega e destacou sua experiência em temas como agricultura e comércio exterior.
Fonte: O POVO Online
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