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BNDES financia em R$ 8,8 bi construção de sondas para a Petrobras

O BNDES aprovou financiamento de R$ 8,8 bilhões para a Sete Brasil construir o primeiro lote de nove sondas, destinadas ao pré-sal e que serão alugadas à Petrobras. Mesmo para o banco estatal, que terá orçamento de R$ 150 bilhões neste ano, o valor é expressivo para uma única operação.

Ao todo, a empresa, idealizada pela Petrobras e com fundos de pensão de estatais como sócios, irá construir 29 equipamentos desse tipo, dos quais 28 dessas unidades já foram contratadas pela Petrobras para atuar na exploração das reservas do pré-sal.

Além do crédito, o BNDES deu sinal verde para a sua empresa de participações, a BNDESPar, comprar até R$ 1,2 bilhão de debêntures (títulos de renda fixa) que poderão ser trocas por ações da Sete Brasil.

Desse modo, o banco estatal fará um aumento de capital na empresa, injetando recursos diretamente na empresa para permitir sua expansão e a viabilidade da construção das sondas.

São poucas as vezes que o banco estatal de fomento aprova um financiamento conjunto com um aporte de capital em valor tão elevado. Nesse caso, a justificativa não é a de criar "campeãs nacionais", aptas a competir no exterior –estratégia usada para companhias como os frigoríficos JBS e Marfrig (esse último em dificuldades financeiras).

A opção se dá para compensar uma dificuldade da fornecedora da Petrobras em obter recursos com longo prazo e baixo custo e de modo rápido, mesmo que a empresa tenha uma boa garantia para oferecer, que é o contrato com a estatal. Segundo analistas, tanto a Sete como a Petrobras tem possibilidades de obter crédito privado.

"Os recursos do banco poderiam ser mais bem empregados em áreas com maior impacto social, como o de infraestrutura", diz Maurício Canedo, economista da FGV.

SONDAS

A previsão é que as primeiras sondas, já em fase de construção, sairão entre 2015 e 2016. Os equipamentos estão sendo montados por cinco estaleiros brasileiros: Jurong Aracruz (ES), Estaleiro Atlântico Sul (PE), BrasFels(RJ), Estaleiro Rio Grande (RS) e Estaleiro Enseada Paraguaçu (BA).

Os equipamentos serão adquiridos por nove sociedades de propósito específico holandesas subsidiárias da Sete Brasil S/A.

Trata-se do mesmo instrumento usado pela Petrobras para comprar plataformas de produção de óleo, pelo qual é feita uma 'exportação' meramente contábil dos equipamentos e usa-se o benefício previsto em lei de abater tributos em equipamentos importados para o setor de petróleo.

Para o BNDES, o financiamento 'ajudará a impulsionar o desenvolvimento da indústria de construção naval e da cadeia nacional de fornecedores do setor de óleo e gás, além de contribuir para o atendimento da política de conteúdo local estabelecida pelo governo federal no desenvolvimento de campos de produção de petróleo'.

O conteúdo local mínimo nas sondas será crescente, começando com 55% a até chegar a 65% nas últimas unidades.

RECURSOS

Sobre o aporte de capital na Sete Brasil, o banco diz que está 'dando suporte a um player [competidor] nacional que passará a ser um dos principais afretadores de sondas de águas ultraprofundas da Petrobras.'

Segundo o BNDES, os recursos vindos da emissão das debêntures serão destinados à execução do plano de negócios apresentado pela empresa, que inclui a construção de outras 19 sondas de águas ultraprofundas, além das nove que já tiveram seu financiamento aprovado. Todas serão fabricadas em estaleiros brasileiros para posterior aluguel.

A Sete Brasil tem entre seus sócios o Fundo de Investimento em Participações FIP Sondas, com 95% do capital, e a Petrobras, com 5%.

Por sua vez, o FIP Sondas reúne os maiores investidores institucionais do país, incluindo quatro fundos de pensão (Petros, Funcef, Previ e Valia), três bancos de investimentos privados (BTG Pactual, Santander e Bradesco), o FI-FGTS, o fundo de private equity americano EIG e outros investidores locais

(Fonte: Folha de São Paulo/PEDRO SOARES/DO RIOLuce Drilling e Lakeshore Partners).






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