RIO - O planejamento de contratações de equipamentos por parte da Petrobras para o período até 2015 indica mudança na escala de compras, seguindo a perspectiva de expansão da produção e do consumo doméstico de petróleo, de acordo com estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O Ipea acredita que "poucos" setores têm capacidade produtiva suficiente para atender à demanda esperada da indústria petrolífera a partir da exploração do pré-sal. "Desta forma, o estudo indica a necessidade de definição de um ritmo de contratação com maior constância no tempo para minimizar os picos e vales de atividade setorial", de acordo com o estudo.
A estimativa é de que a demanda por sondas de produção seja de 36 unidades entre 2008 e 2015. Deverá ser necessário utilizar cerca de 1,25 milhão de toneladas de aço estrutural. Além disso, o número de turbinas poderá chegar a 441 unidades e o de reatores, a 317.
De acordo com o Ipea, será necessário utilizar 220 gruas, 252 fornos, 969 compressores e 4829 câmaras de pressão. Os grandes números de demanda elevam as estimativas do setor de equipamentos de petróleo.
No entanto, de acordo com o Ipea, em termos de preço, o setor apresenta-se em situação inferior à dos concorrentes internacionais. Apenas no caso de bombas e de painéis elétricos os produtores brasileiros têm preço similar ao internacional.
As válvulas brasileiras são de 10% a 30% mais caras. Os preços dos canos ficam de 20% a 40% mais elevados. A parte de instrumentação é cerca de 20% superior, entre outros setores.
Mas, de uma forma geral, o mercado brasileiro tem prazos de entrega melhores do que o apresentado em outros países.
(Fonte: Valor Online/Juliana Ennes)
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