Banco já possui projetos em análise no total de R$ 5 bilhões, parte que virá do Fundo de Marinha Mercante
A Caixa Econômica Federal quer se consolidar como principal agente financeiro para o setor de petróleo e gás natural, superando até mesmo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), disse a superintendente regional da Caixa, Eugênia Regina de Melo, na Navalshore 2011 - Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore, que começou nesta quarta-feira no Rio. Segundo ela, o banco já possui projetos em análise no total de R$ 5 bilhões, parte que virá do Fundo de Marinha Mercante (FMM).
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Até dois anos atrás, apenas o BNDES era autorizado a fazer o repasse dos recursos do FMM, mas a Medida Provisória do Ministério dos Transportes editada em 2009 autorizou também a Caixa e o Banco do Brasil a fazerem os repasses. De acordo com Eugênia, somente com estes recursos existem pelo menos 10 projetos avançando nas várias etapas do financiamento no banco.
Para o superintendente regional da Caixa, José Humberto Pereira, o primeiro contrato deve ser assinado nas próximas semanas. "Estamos empenhados em crescer junto com a cadeia naval", disse.
Pouco mais de uma semana depois da divulgação do Plano de Investimentos da Petrobras, o otimismo no setor de petróleo não poderia ser maior. "As encomendas que já estavam projetadas para chegar a US$ 150 bilhões entre 2011 e 2020 devem crescer substancialmente, já que trabalhávamos com uma meta de produção de 4,5 milhões de barris por dia em 2020 e agora a Petrobras anuncia que serão 6,5 milhões", disse o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça.
De acordo com o superintendente da área de logística da Petrobras, Ricardo Albuquerque, somente para dar apoio às novas plataformas que serão instaladas no pré-sal da Bacia de Santos, serão necessários mais 200 a 250 unidades além das 300 existentes hoje.
Ontem, o BNDES e o governo do Rio também deram sinais de que querem aproveitar as oportunidades de crescimento da indústria do petróleo. O banco anunciou que vai disponibilizar uma linha de R$ 4 bilhões para financiar a cadeia de fornecedores do setor de petróleo e gás natural até 2015. O valor está próximo ao que a Petrobras costumava financiar seus fornecedores. A companhia anunciou na semana passada um corte deste financiamento e informou que isso passaria a ser feito por meio de agentes financeiros.
Por sua vez, o secretário de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, Julio Bueno, disse que a agência de fomentos local, a Investe Rio, tem R$ 3 bilhões disponíveis para empresas estrangeiras do terceiro e quarto elo da cadeia que queiram se instalar no Brasil. Além do financiamento, o Estado do Rio vai disponibilizar uma área de 600 mil metros quadrados no entorno do Rio para criar um polo de navipeças e pretende isentar de impostos as empresas que optarem por vir para o Estado.
"Queremos criar condições para atrair estas pequenas empresas que precisam de um investimento pequeno e que buscam escala para vir para o País", comentou Bueno. Apesar de ser uma linha voltada preferencialmente para estrangeiros que estejam entrando no País, ele não descarta que os atrativos tragam empresas de outros Estados.
Fonte:Economia - iG
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