Entre as principais reservas, só a brasileira recebeu nome de político

O maior campo do planeta, na Arábia Saudita, foi batizado como "aquilo que está nas profundezas"

Entre as reservas de petróleo mais promissoras do mundo, ou seja, com grande volume de reservas e que ainda não estão em declínio, só o megacampo de Lula tem nome de chefe de Estado.
Portaria da ANP (Agência Nacional do Petróleo) determina que, caso estejam localizados no mar, os campos devem receber nomes ligados à fauna marinha.
A medida amparou a homenagem da Petrobras ao presidente Lula no batismo do antigo campo de Tupi, em um ato inédito entre as grandes descobertas mundiais.
Em uma seleção dos campos que devem contribuir com grande parte da oferta internacional de petróleo nos próximos anos, elaborada pela Folha, apenas o campo brasileiro traz uma homenagem a um líder político.
O maior campo de petróleo do mundo, na Arábia Saudita, chama-se Ghawar -derivado da palavra gha'ir, que significa "aquilo que está nas profundezas".
Localizado em terra, Ghawar hoje oferta cerca de 5 milhões de barris por dia e é responsável por cerca de metade da capacidade de produção da Arábia Saudita.
Os iraquianos também preferiram a criatividade a nomes de xeque. Majnun, um dos maiores do país, significa "maluco" -nome que teria sido dado por conta do grande volume das reservas. E Rumaila, responsável por 50% da produção iraquiana, significa "grão de areia".
Também há os que optam pela simples referência geográfica. O campo de Carabobo, na Venezuela, tem o nome de um Estado.
West Qurna, no Iraque, deriva da cidade de Al-Qurna, assim como Khuzestan, nome de uma província iraniana, e North Slope, área no Alasca onde está o campo de mesmo nome.

Fonte: Folha de São Paulo/TATIANA FREITAS/DE SÃO PAULO

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