As bacias de Barreirinhas, do Ceará, de Sergipe e Alagoas estão na lista de blocos exploratórios nas porções marítimas estudadas pela Petrobras. A afirmação foi dada pelo diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrella, no Seminário Nordeste sobre o pré-sal, em Alagoas.
Segundo Estrella, há sinais de sal em águas profundas nas bacias de Pernambuco - Paraíba, localizadas ao norte da bacia de Alagoas. O diretor observa que não há dados suficientes para comprovar se há petróleo na região e se existem rochas similares às encontradas nas bacias de Campos e Santos.
O diretor observa que, em 2030, o mundo consumirá entre 100 milhões e 110 milhões de barris por dia, cerca de 30 milhões a mais que hoje. Segundo ele, essa nova necessidade será alimentada pelas descobertas: ``Apenas 30% desse petróleo serão provenientes dos campos já produtores``.
O presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Fernando Siqueira, explica que existe uma programação na Petrobras para explorar a região cearense. No entanto, como o pré-sal deve demandar um investimento muito alto da estatal, a previsão é que essas explorações fiquem para o futuro.
"O pré-sal deve chegar até Alagoas", observa Siqueira, destacando, entretanto, que a área mais promissora é a localizada entre Santa Catarina e Espírito Santo. É nessa região onde os investimentos devem concentrar esforços e recursos da estatal, de acordo com Siqueira, por cerca de cinco a dez anos.
Siqueira observa que, de acordo com o que tem conversado com geólogos, a expectativa é que a formação no Ceará seja diferente do pré-sal. ``Tem menos chances de ser pré-sal``, destaca.
No seminário, o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, reforçou os investimentos da estatal no setor, citando a Refinaria Premium II.
Fonte: O Povo (CE)
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