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Chevron pretende manter operação em Frade e investimentos no Brasil

Sócia da Petrobras em outros dois campos de petróleo no país, além de Frade, na bacia de Campos, a Chevron informou ontem que manterá seus investimentos no Brasil. Apesar da suspensão temporária da produção na região, devido a um vazamento identificado na semana passada, a empresa não pretende se desfazer de sua participação na área.

Além do projeto de Frade, onde inicialmente estava prevista a produção de 100 mil barris/dia, a americana tem parceria com a Petrobras nos campos de Papa-Terra e de Maromba, ambos também na bacia de Campos.

A estatal é a operadora nos dois campos. A participação da Chevron é de 37,5% em Papa-Terra e de 30% em Maromba. Os campos fazem parte do plano de investimentos de US$ 3 bilhões da petroleira no Brasil nos próximos três anos.

O economista Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura também não acredita que a Chevron abandonará seus projetos no Brasil. "A Chevron é uma das sete irmãs, com produção de 2 milhões de barris/dia no mundo, o mesmo que a Petrobras. Tem investimentos em exploração e produção e em lubrificantes no Brasil. Deixar o país seria ruim para a Chevron tanto no Brasil quanto no mundo."

O especialista também criticou o fato de o desmembramento do caso estar se dando no campo político e não em âmbito técnico. "Vamos aguardar com calma a avaliação da ANP sobre o assunto. É ela que tem capacidade para avaliar."

A Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) exigiu do consórcio responsável pelo campo de Frade o aprofundamento dos estudos sobre as causas do vazamento e das condições atuais da região. O órgão regulador coordena um comitê técnico formado ainda pelas três sócias em Frade. Além da Chevron (51,74%) e da Petrobras (30%), também faz parte do negócio a Frade Japão Petróleo (18,62%), joint-venture formada por Inpex, Sojitz e Jogmec.

Na última semana, a nova diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, informou que a Chevron não está apta a perfurar no Brasil. Segundo ela, a companhia é uma das principais empresas de petróleo do mundo, mas ninguém pode dizer o mesmo da empresa no Brasil. Magda tomará posse hoje no cargo. A presidente Dilma Rousseff participará da cerimônia.

O procurador Eduardo Santos de Oliveira, do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, também vai oferecer hoje denúncia criminal contra 17 pessoas relacionadas ao incidente. Ele já moveu uma ação civil pública, exigindo R$ 20 bilhões da Chevron, por conta do vazamento de 2,4 mil barris de óleo em novembro do ano passado. O processo ainda aguarda julgamento.

Desde a descoberta do novo vazamento, a Petrobras se mantém calada sobre o assunto. Procurada pelo Valor, a estatal não informou se tem interesse em adquirir a participação da Chevron em Frade, nem se o incidente terá algum efeito nas parcerias em Papa-Terra e Maromba.

A Chevron entregou ontem ao Ibama o detalhamento do plano de emergência que adotou para conter o novo vazamento na área do campo de Frade.

Fonte: Valor Econômico/Por Rodrigo Polito | Do Rio






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