De São Paulo - Mesmo sem ter concluído a captação de recursos, o fundo P2 Brasil realizou no mês passado seu primeiro investimento: a compra de 97% da NovaAgri, empresa de armazenagem e escoamento agrícola que estava sob o comando de outro fundo, o AG Angra, desde 2008. O valor da transação não foi divulgado.
De acordo com Otavio Castello Branco, sócio do Pátria Investimentos, o objetivo do P2 Brasil é adquirir o controle de outras nove empresas. O alvo inicial são projetos de logística, saneamento e óleo e gás, que depois de adquiridas também podem alavancar seu crescimento com empréstimos.
A estruturação da gestora P2 Brasil começou há mais de dois anos. Depois de criar um fundo voltado para a área de fontes de energias renováveis que controla a empresa Ersa, a gestora de fundos Pátria decidiu ampliar seus investimentos em infraestrutura. "Mas queríamos alguém que pudesse avaliar o projetos mais a fundo", diz Castello Branco. Daí veio a ideia de se unir à Promon, especialista em engenharia, criando a P2 Brasil.
O papel da nova empresa, porém, é de fazer a gestão de recursos de terceiros na área de infraestrutura. A Promon, por exemplo, não será remunerada por serviços de engenharia prestados às empresas que receberem investimentos. Ao mesmo tempo, o Pátria continuará com seus outros investimentos na área de private equity, imóveis e de "hedge funds", que somam R$ 6,5 bilhões em ativos. A receita tanto da Promon quanto do Pátria virá exclusivamente das taxas de administração e de performance pagas pelos investidores à P2 Brasil.
(Fonte: Valor Econômico/CM)
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