As gigantes do petróleo são contrárias à política de conteúdo local. Afinal, é mais fácil encomendar itens em Cingapura ou então trazer equipamentos velhos, já usados no Golfo do México, do que encomendar a empresas brasileiras que estão apenas se iniciando na atividade. Sempre suscetíveis aos pleitos das multinacionais, os grandes jornais já começaram uma campanha para se aproveitar da Operação Lava Jato e impor derrotas à política de conteúdo nacional.
Recente reportagem declara que quem fez muitos contratos de conteúdo nacional foi Renato Duque, preso na Lava Jato, e que ele era amigo de José Dirceu. Essa ilação não é jornalística, mas simplesmente pressão lobista. A política de conteúdo nacional foi imposta por Lula, em 2003 e, entre os resultados que gerou, estão 80 mil empregos diretos nos estaleiros – cerca de meio milhão, no total. Não depende de Dirceu, Duque ou de Paulo Roberto Costa.
O conteúdo nacional é algo tão sério que sua certificação é feita por empresas de renome internacionais, que declaram se os empreendedores atingiram ou não o índice fixado em lei e em contrato.
Fonte:Monitor Merantil/Sergio Barreto Motta
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