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De vento em popa

 

 

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Com carteiras repletas de encomendas, estaleiros especializados em embarcações de serviço investem em escolas próprias

 

Os estaleiros especializados em embarcações de serviço estão com suas carteiras repletas de encomendas. A construção naval vive momentos promissores, o que faz com que o setor naval vislumbre um futuro próspero. No entanto, mão de obra qualificada ainda é

 

um dos principais obstáculos a serem superados. Para suprir o déficit de profissionais, os estaleiros têm recorrido a parcerias com instituições de ensino e universidades. Além disso, diversas escolas estão sendo implantadas nas próprias instalações.

 

É o caso do estaleiro catarinense Detroit Brasil, que para qualificar a mão de obra básica tem ensinado  soldagem e montagem. Dependendo do desempenho, os alunos podem se tornar funcionários do estaleiro. “Temos contado com apoio do Senai e da Univale, que é nossa universidade local, mas basicamente o estaleiro é quem está formando essa mão de obra própria. Temos jovens que entram como ajudantes e vão se profissionalizando à medida que vão se qualificando nos seus setores”, explica o superintendente comercial do estaleiro Detroit Brasil, Josuan Moraes Junior.

A busca por talentos tem sido uma constante no Detroit. O estaleiro atualmente, conta com cerca de mil profissionais, entre próprios e terceirizados. Recursos também vêm sendo aplicados na modernização e aquisição de equipamentos, como máquinas de corte de chapas de aço e equipamentos de elevação, tanto de carga como de pessoas, para trabalhos em altura.

Há mais de dez anos, a Wilson, Sons tem parceria com o Senai para formar pessoas e também mantém uma escola no estaleiro Guarujá I. De acordo com o diretor da companhia, Adalberto Souza, 99% do pessoal são da própria comunidade local e aprendem solda, caldeiraria ou pintura. “Além dos módulos ensinados pelo Senai, também damos instruções voltadas para nossa área, como leitura e desenho, áreas confinadas. Aproveitamos, em média, 95% dos alunos, que passam para o nosso quadro e começam como ajudantes. Em um ano, já são profissionais”, diz.

A companhia pretende montar a escola também em Rio Grande, onde será construída uma unidade.

“A nossa estratégia é enviá-los para o Guarujá I de tal forma que tentem absorver a nossa cultura, a forma como queremos construir o barco. Em princípio, eles farão o intercâmbio de cerca de dois meses. Nosso plano é usar mão de obra local, senão o projeto fica muito caro”, salienta Souza.

Já o estaleiro Easa Estaleiros Amazônia tem parceria com as Universidades Federal do Pará (UFPA) e do Rio de Janeiro (UFRJ) para criar um centro de excelência em projeto e construção naval dentro da faculdade paraense. A ideia é aprimorar a formação de alunos de engenharia naval com tecnologia moderna e avançada de construção naval. “O objetivo é ensinar os estudantes sobre planejamento e controle de produção, além de projetos de software”, diz o diretor-geral do Easa, Thiago Lemgruber.

O laboratório para pesquisa e treinamento já está em construção e contará com investimentos de R$ 2 milhões, viabilizados com recursos da Finep. Além disso, também está sendo montada uma escola de solda no estaleiro para qualificação da mão de obra local da comunidade de Pratinha. O início das aulas está previsto para este mês de outubro e, segundo Lemgruber, a escola deve formar cerca de 100 pessoas por ano.

A mão de obra na produção não tem sido um obstáculo ao estaleiro Rio Maguari. No entanto, de acordo com o diretor comercial da empresa, Fabio Vasconcellos, o aquecimento da construção naval resulta em uma maior demanda por mão de obra especializada. “Temos tido alguma dificuldade à medida da necessidade de maior nível de especialização, como técnicos, projetistas e engenheiros”, salienta.

 

Ampliação. Por conta dos investimentos vultosos no setor, alguns estaleiros começam a ampliar suas áreas ou implantar novas unidades. Para atender não só a demanda da companhia, mas também a do mercado, a Wilson, Sons já iniciou em dezembro do ano passado a construção do estaleiro Guarujá II, que também será instalado em São Paulo. Por conta de um entrave com o Ministério Público relacionado a licenciamento ambiental, as obras foram paralisadas e reiniciadas no último mês de agosto. “Estamos na fase de fundação e a expectativa é ter o estaleiro pronto em junho de 2012. É um com dique, localizado em uma área que vai ser o forte do pré-sal. Estrategicamente, estamos com a obra muito bem posicionada”, declara Souza. O investimento nesta obra é estimado em US$ 40 milhões. Quando o estaleiro Guarujá II estiver em fase de operação, devem ser gerados cerca de 630 empregos.

A companhia também planeja a instalação de uma unidade, em Rio Grande. A escolha pelo estado do Rio Grande do Sul deve-se, entre outras razões, ao grande número de universidades, que pode concentrar mão de obra especializada. A licença de instalação para início das obras ainda não foi emitida, mas a Wilson, Sons pretende ter o documento em breve. Um dos gargalos, segundo Souza, é que a companhia ainda não tem a autorização de uso da área, concedida pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU). “O estaleiro é uma faixa voltada ao cais, e o SPU, que domina a faixa de cais, ainda não se pronunciou. Essa é a nossa luta. Daqui a pouco teremos uma licença de instalação e ainda não temos permissão de uso da faixa portuária, e o estaleiro sem a faixa de cais fica complicado”, reclama. O investimento no empreendimento, cuja área é seis vezes maior que o Guarujá II, é estimado em US$ 140 milhões. A previsão da companhia é que sejam gerados cerca de três mil empregos.

O estaleiro Rio Maguari também passou por um período de aprimoramento com a construção de um dique seco e aquisição de equipamentos. “Os investimentos na área de produção estão concluídos com a finalização do dique e a aquisição de máquinas e equipamentos. Contratamos novos engenheiros navais, mecânicos e elétricos para ampliação da capacidade técnica e de detalhamento de projetos e migramos nossa plataforma de projeto para o Foran, com treinamentos exaustivos de nossa equipe técnica. Todos os projetos novos já estão sendo detalhados no novo software e a qualidade de detalhamento aumentou significativamente, trazendo grande contribuição à nossa produtividade”, ressalta Vasconcellos, destacando também que atualmente o estaleiro está apto a processar cerca de 20 mil toneladas de aço por ano.

A Rio Maguari S.A. é uma das empresas que formam o consórcio vencedor da construção de 20 comboios de empurradores e barcaças para o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef Hidrovia) da Transpetro. Com custo previsto de US$ 239,1 milhões, a frota hidroviária será construída pelo estaleiro Rio Tietê, ainda em fase de implantação na cidade de Araçatuba, em São Paulo, às margens da hidrovia Tietê-Paraná.

Segundo Vasconcellos, neste momento o estaleiro está concluindo a etapa de terraplanagem. “O cronograma está mantido, esperamos concluir a implantação do estaleiro no primeiro trimestre de 2012 e iniciar a construção das embarcações para início de entregas em agosto do ano que vem”, comenta. Cada comboio será formado por quatro barcaças e um empurrador, com capacidade para transportar 7,6 milhões de litros. Quando totalmente operacional, o volume anual transportado deverá chegar a quatro bilhões de litros.

 

Encomendas. O Detroit está com 70% do parque ocupado e tem uma reserva dos outros 30% para contratos em negociação. No momento, o estaleiro está construindo 18 LHs para clientes, como Tranship, Camorim e Technip. Dois deles já foram entregues e os outros 16 estarão prontos ao longo de dois anos.

O estaleiro também tem contratados para a Starnav a construção de oito PSVs, que também já começaram a ser construídos. A entrega do primeiro está prevista para meados de 2012 e os outros, a cada três meses subsequentes. Também para o mesmo armador, o estaleiro construirá dois LHs 5000, cujas obras estão previstas para serem iniciadas em outubro. As embarcações serão entregues até o final de 2012.

Os contratos que estão em negociação e que ocupam os 30% do estaleiro contemplam oito empurradores fluviais para a Vale e dez rebocadores portuários para um armador do Rio de Janeiro. “Os contratos devem ser fechados nos próximos dois meses”, estima Moraes. Com a Vale, o estaleiro finalizou um contrato no último mês de julho com a entrega do último dos 11 rebocadores, que começaram a ser construídos em outubro de 2008.

O Detroit, acrescenta Moraes, também está em vias de contratar mais quatro PSVs com a Starnav. “Estamos aguardando a próxima reunião do Fundo da Marinha Mercante para a obtenção do financiamento”. Na avaliação de Moraes, o espaçamento entre as reuniões tem sido um gargalo para os estaleiros. “Antes [as reuniões] eram bimestrais e hoje são semestrais, quando acontecem, e isso atrasa qualquer programação de expansão para todo o setor”, lamenta. A opinião é compartilhada por Vasconcellos, do Rio Maguari. “Esperamos que sejam retomadas as reuniões regulares do fundo para que haja maior confiabilidade no planejamento de investimentos, pois o FMM é a principal fonte de financiamento do setor e fundamental para as pretensões da indústria naval brasileira”, opina.

O estaleiro Easa também aguarda a liberação de financiamento para dar início à construção de diversas embarcações. Entre elas estão dois navios fluviais porta-contêineres de cinco mil toneladas, 12 balsas e um empurrador. “O estaleiro está pronto para operar, temos licença ambiental e só dependemos da liberação do financiamento para iniciar as obras”, diz Lemgruber.

Outro projeto pendente de financiamento são dois PSVs 3000 com projeto 100% nacional firmado com a Galáxia Marítima. As embarcações estão orçadas no valor total de U$ 60 milhões. O projeto do PSV foi desenvolvido pela Interocean Engenharia & Ship Management. As encomendas fazem parte da segunda etapa do Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo (Prorefam) da Petrobras. A concorrência prevê o afretamento por oito anos. “Atualmente trabalham no estaleiro 40 empregados. Com as obras do PSV, estimamos 400 pessoas no final de 2012 e início de 2013”, contabiliza.

Com 45 mil metros quadrados, o estaleiro Easa foi implantado no hub hidroviário de Belém do Pará e iniciou a operação no último mês de março. Atualmente, o parque trabalha na construção de uma draga oceânica, que será entregue em maio de 2012. Segundo Lemgruber, o projeto da draga, destinada à exploração de algas, é inédito no país.

Já na lista das próximas entregas do estaleiro Guarujá I estão dois rebocadores até o final do ano e um PSV em janeiro de 2012. Também já estão em carteira outros quatro PSVs para atendimento à demanda do próprio grupo. No entanto, com a expansão, a companhia já prevê também a ampliação dos negócios. “Até 2012 o estaleiro está 100% ocupado, sem chances para nenhuma ordem nova. Tenho certeza que, com os novos investimentos que o grupo está fazendo em duas novas unidades, teremos oportunidade de prestar serviço para terceiros, o que não tínhamos capacidade para fazer”, conta Souza. Através da unidade Guarujá II, a Wilson, Sons também tem planos de construção de barcos maiores, como AHTS, nos próximos anos.

A carteira do estaleiro Rio Maguari também está repleta de encomendas. Estão previstos para serem entregues no próximo mês de novembro dois empurradores fluviais diesel-elétricos de 6000 HP para a Vale e um rebocador portuário de 50 toneladas BP para a Hermasa Navegação. Em dezembro será concluída uma barcaça lançadora de dutos para a Locar. Para 2012, serão exportados para o Peru dez barcaças-tanque para a Perenco Petróleo em junho, dez  rebocadores portuários para a Tug Brasil Apoio Portuário em outubro e 15 barcaças de grãos para a Hermasa Navegação ao longo do ano.

 

Expectativas. Vasconcellos diz que quando o plano de investimentos da Petrobras é anunciado, o otimismo da indústria naval nacional é renovado. O executivo ressalta, no entanto, a necessidade de concretização do planejamento para que os negócios sejam efetivamente fechados. “Nossa gigante do petróleo é o carro-chefe desta indústria e faz com que os estaleiros procurem se preparar para esta expectativa de demanda. Entretanto, esperamos que este plano de investimentos realmente se concretize, gerando efetivamente os contratos tão aguardados”.

A perspectiva de Moraes, da Detroit, é que o programa da Petrobras continue demandando mais embarcações para o setor e que o estaleiro possa suprir essa demanda que, de acordo com o executivo, deve continuar crescente pelos próximos dez anos. Para isso, o Detroit vem se aprimorando tecnologicamente cada vez mais. “O estaleiro está totalmente apto a construir embarcações para apoio offshore. Atualmente, os maiores PSVs em operação estão sendo construídos no Detroit e, em função de serem projetos mais recentes, agregam o que há de melhor em termos de tecnologia”, diz.

Com foco em embarcações de apoio marítimo e navegação fluvial, o Easa aposta em uma mudança na matriz de transporte fluvial nos próximos anos. “Queremos fazer embarcações de apoio marítimo, mas também temos foco em navegação fluvial. A demanda deve aumentar bastante e esperamos que a matriz de transporte fluvial mude de ro-ro [roll-on/roll-of] fluvial para transporte em contêineres”. Uma das vantagens para os armadores com essa modificação, acrescenta Lemgruber, seria a redução de custos logísticos. “O porta-contêiner consegue navegar a 12 nós e leva mais carga, por conta do empilhamento dos contêineres. A balsa tem velocidade de cerca de seis nós”, compara.

Na avaliação de Souza, da Wilson, Sons, após 15 anos estacionada, a construção naval navega em uma ascensão de boas ondas através do desenvolvimento de novos estaleiros. A companhia vem se preparando com investimentos nas suas unidades e espera estar preparada para oferecer bons produtos. “Não temos pretensão em navios, não vamos fazer FPSOs, nosso tamanho não é esse e sim para grandes embarcações de apoio offshore”, explica.

Outro objetivo da companhia é a utilização de uma cadeia logística de suprimentos, já que nos estaleiros não haverá máquinas para cortar chapas. “Queremos peças já cortadas, jateadas e marcadas, que um fornecedor de aço naval possa nos entregar, que é o que já acontece hoje no Guarujá I. Estamos reproduzindo-o nos outros”, conclui.

 

Navegação fluvial. Tradicionalmente, o Amazonas tem uma construção naval voltada para o interior. No estado está sendo trabalhada a substituição da madeira pelo aço na construção das embarcações. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria e da Construção Naval do Amazonas (Sindnaval), Matheus Araújo, em Manaus alguns barcos já são feitos em aço, mas no interior falta mão de obra para a realização do trabalho.

“A cultura do amazonense é a madeira. Em Manaus, podemos fazer balsas e rebocadores em aço, mas o morador do interior não pode fazer o barco dele em aço, porque lá ele não tem o soldador, não tem a mão de obra qualificada. As embarcações são feitas pelos carpinteiros da construção naval que até então sabiam fazer bem, porque é uma profissão que passa de pai para filho. Esse é o nosso modelo de desenvolvimento da construção naval no estado”, diz.

Segundo Araújo, a Capitania dos Portos deixará de conceder licença a embarcações de madeira que tenham fins comerciais. O fato traz vantagens às indústrias sederúrgicas, para os estaleiros e para o meio ambiente. As embarcações de transporte de passageiros que têm sido retiradas de circulação vão tendo atividades terciárias ou são desmontadas devido ao fim da vida útil.

E como ficam os donos desses barcos que não têm a licença de suas embarcações renovada? De acordo com Araújo, muitos migram para o aço através de financiamento ou até iniciativa própria. “Os empresários da construção naval estão tendo um cuidado especial no que diz respeito à condução dessa política da renovação da frota, tanto do barco de pesca como do barco de passageiro de baixa renda, no trato com o governo do estado e no financiamento de novas embarcações”, destaca.

No estado existem atualmente mais de 260 estaleiros. Na cidade de Manaus, são 62, sendo 32 associados ao Sindnaval. A maior parte atua na informalidade. A maioria das instalações se destina a construção e reparo, com foco em transporte de passageiros e de carga. Os estaleiros da região constroem ainda embarcações especializadas em derivados de petróleo, graneleiros de soja e rebocadores supply de apoio marítimo. Segundo Araújo, o estado necessita de uma política pública voltada para o setor naval. “Estamos precisando que o governo tenha um olhar especial sobre a hidrovia do Amazonas e que também dê o apoio financeiro que os empresários precisam para fazer a renovação da frota, tanto pesqueira, de transporte de passageiros de baixa renda, como para fazer novos estaleiros, porque já estamos trabalhando o novo distrito naval”, ressalta.

A ideia do novo polo naval é tirar todos os estaleiros da informalidade e da sazonalidade e instalá-los em uma área na orla do rio Amazonas. Também por conta de eventos como a Copa do Mundo, está sendo feito um novo projeto de revitalização da orla da cidade de Manaus. De acordo com Araújo, será uma orla turística, de cerca de 25 quilômetros.

Os estaleiros serão removidos para uma área de 24 milhões de metros quadrados que tem, acrescenta o presidente do sindicato, o que é mais importante para o estaleiro: profundidade. Com o rio seco, há lâmina d’água de 17 metros e, em época de cheias, são 36 metros de profundidade. O estudo do projeto básico do polo naval gira em torno de R$ 6 milhões. O projeto arquitetônico, que envolve estudo de solos e de viabilidade econômica, está orçado em R$ 25 milhões. “O objetivo é fazer uma concentração, um parque industrial naval, e ampliar os horizontes para abrir o mercado para outros países que querem construir em Manaus”.

Segundo Araújo, já existem projetos de estaleiros do exterior esperando a concretização do polo para se instalarem no estado. “São unidades da Alemanha, Espanha, China, Coreia e Itália. Todos estão aguardando com olhos bem abertos que se formate de vez a política do setor naval para que entrem com projeto na Suframa”.

Como uma das iniciativas do Sindnaval na criação do polo naval, o sindicato teve um encontro com o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, a fim de buscar a criação de um instituto de tecnologia naval da Amazônia visando a qualificação de mão de obra e desenvolvimento de novas tecnologias. De acordo com Araújo, existem no estado cerca de 12 mil máquinas de solda, mas não há número suficiente de soldadores qualificados.

“O carpinteiro naval, que no Norte do Brasil é um verdadeiro artesão, não precisa de planta. Eles sabem fazer da ponta da quilha até o terminal do mastro, e são essas pessoas que vão trabalhar a concepção de um novo casco em aço. Quando ele trabalhava sozinho na madeira, ele sabia talhar, cortar, serrar, agora ele risca, faz o molde, mas precisa de um maçariqueiro para cortar o molde, um soldador para soldar, então criou-se agora um montador especializado. A qualificação está chegando de forma tímida”, opina.

Uma das formas de se buscar a especialização da mão de obra vem com as Cidades da Solda, cujo projeto deve ser montado na capital amazonense. Segundo Araújo, existe um terreno de 17 mil metros quadrados para instalar o projeto. Parcerias com instituições de ensino também serão necessárias, na avaliação de Araújo. “Precisamos ter parceiros como a Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem que possa promover cursos de soldagem em Manaus e certificar pessoal, e de uma sucursal do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, que forma o técnico naval em nível de segundo grau em Manaus”, lista.

Araújo espera que até o final de 2012 sejam iniciadas as obras do projeto, que devem ser realizadas ao longo de quatro anos.”Tenho vontade que tenhamos um desenvolvimento tecnológico e qualificativo de mão de obra nos mesmos moldes do Rio e Suape, por exemplo. Precisamos criar modelos de desenvolvimento para ajudar no alavancamento desse setor econômico e o polo naval hoje é um dos mais importantes que precisam ser fomentados no estado”, conclui. n

 



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