Despesas estimadas em R$ 18,6 bilhões
Orçamento estadual prevê aumento dos gastos. Em 2009, previsão era de uma despesa total de R$ 16,4 bilhões. Em se tratando só de investimento, Compesa realizará aporte de R$ 414,3 milhões
Além dos aportes em Suape, o governo do Estado planeja realizar um investimento de R$ 2,3 bilhões em 2010 com recursos do Tesouro estadual, convênios e operações de crédito. Os números estão na lei orçamentária que o governador Eduardo Campos (PSB) enviou à Assembleia Legislativa. Nessa lei, as despesas totais do Estado sairão de um patamar de R$ 16,4 bilhões em 2009 para R$ 18,6 bilhões em 2010.
Depois de Suape, o segundo maior investimento é o da Companhia Pernambucana de Saneamento, orçado em R$ 414,3 milhões para melhorias e implantação de sistemas de abastecimento de água e esgoto. Em 2010, o Estado deve investir R$ 550 milhões em recursos próprios, R$ 700 milhões via convênios e R$ 1,050 bilhão em operações de crédito. Este ano, a expectativa é fechar o ano com R$ 1,8 bilhão de investimento.
“A nossa intenção é repetir o que fizemos este ano via Orçamento Geral da União (OGU) e operações de crédito”, comentou o secretário estadual de planejamento, Geraldo Júlio, se referindo aos investimentos.
Não é só o investimento que vai crescer, o Estado também projetou um aumento das suas principais receitas para 2010, tomando como base o crescimento de 4,5% do Produto Interno Bruto do País (PIB), que mede todas as riquezas produzidas. A expectativa é que Pernambuco apresente um crescimento maior devido aos empreendimentos estruturadores como a Refinaria Abreu e Lima e o Estaleiro Atlântico Sul, que estão se implantando em Suape, além das obras da Ferrovia Transnordestina e da transposição do São Francisco.
Para 2010, o crescimento total da receita do Estado deverá ser de 13,6%. Formada pela arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e pelo Fundo de Participação dos Estados (FPE), a Receita Corrente Líquida do Estado deve aumentar em 9,4% em 2010. Este ano, o Estado perdeu R$ 365 milhões devido à queda nos repasses do FPE, que é alimentado por impostos federais que arrecadaram menos por causa da crise e da isenção que a União concedeu para aquecer o consumo.
No próximo ano, devem aumentar as despesas com pessoal em 10,8%, chegando aos R$ 7,1 bilhões, dos quais R$ 4,7 bilhões pagarão a folha dos funcionários ativos e R$ 2,4 bilhões a dos inativos. “O crescimento das despesas de pessoal está ligado ao aumento da receita do Estado”, explicou Geraldo Júlio, acrescentando que as negociações de reposição salarial com as categorias de funcionários ocorrerão durante o ano e que não foi fixado um percentual de aumento na lei orçamentária de 2010.(Fonte: Jornal do Commercio/PE)