BRASÍLIA - Após viagem à Europa, da qual retornou no final de semana, a presidente Dilma Rousseff retomará a agenda política no Brasil. Terá como uma das missões resolver as discussões entre estados produtores e não produtores sobre a redistribuição dos royalties do petróleo. O impasse criado faz com que lideranças como o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), assumam publicamente que o consenso em torno da matéria está fora de cogitação.
Como a maioria dos senadores, Sarney tem tratado essa como uma questão federativa e não de orientação partidária. Ao mesmo tempo, o trabalho dele tem sido o de viabilizar uma tramitação o mais tranquila possível do projeto do senador Wellington Dias (PT-PI), definido como base para as negociações. Esse foi o trabalho das lideranças partidárias nos últimos sete dias, enquanto Dilma cumpria agenda internacional.
– A proposta está evoluindo – resumiu o líder Jucá, sem entrar em detalhes.
Relator do projeto apresenta amanhã parecer em plenário
Por outro lado, Sarney e o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), fecharam acordo pelo qual não será remetida medida provisória ao Senado, enquanto a redistribuição dos royalties não for definida. Também foi criada uma comissão para analisar o projeto de lei e votá-lo ainda em outubro nas duas Casas.
Representante do principal estado produtor, senador Francisco Dornelles (PP-RJ) disse que o consenso será buscado até a última hora nas negociações, que contará com a participação direta da presidente. Dias ressaltou que amanhã o relator do projeto, Vital do Rêgo (PMDB-PB), apresentará parecer em plenário para que seja debatido em regime de urgência pelos parlamentares.
Fonte: Jornal de Santa Catarina
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