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Navalshore

Dilma Rousseff destacou o ressurgimento da indústria naval

A pré-candidata do PT à Presidência da República, ex-ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, participou, como palestrante, do Seminário "Rio Grande - Onde o Rio Grande renasce". Ela chegou ao Centro de Convívio dos Meninos do Mar (CCMar), por volta das 10h45min. Na palestra, abordou o ressurgimento da indústria naval e os investimentos do governo federal no Rio Grande do Sul, mais precisamente em Rio Grande. "Estamos aqui para fazer uma avaliação de uma iniciativa que deu muito certo. Acredito que um dos momentos mais importantes do governo Lula foi o ressurgimento da indústria naval, a retomada da política industrial no Brasil", observou.
Dilma lembrou que no início do governo foi definido que tudo o que pode ser feito no Brasil, deve ser feito no País. "Era uma visão estratégica". Conforme ela, o governo Lula sabia que era importante voltar a construir navios. Contou que havia segmento com o pensamento de que a indústria naval devia concentrar-se onde sempre se deu, mas a decisão estratégica foi a indústria naval beneficiar todas as regiões. "Percebemos o papel do setor de petróleo e gás no desenvolvimento econômico. Quando o governo incentivou essa indústria aqui no Rio Grande do Sul, estava trazendo condições de desenvolvimento para a região", salientou.
A ex-ministra destacou que a estratégia trouxe empregos, carteira assinada e especialização, que combina com escolas profissionalizantes. Também frisou a capacidade das indústrias do setor naval arrastarem outras. Relatou ter visto, sexta-feira, o navio João Cândido, construído pelo estaleiro Atlântico Sul para a Transpetro, e que ele é a prova de que se pode construir navios e plataformas no Brasil". "Diziam que o Brasil não podia produzir cascos, que era uma irresponsabilidade e está aí a resposta", alfinetou, admitindo depois, na coletiva à imprensa, que era um tucano que não acreditava que o País pudesse construir cascos. Assinalou que a construção de plataformas - o Polo Naval - mudou a economia da região do Rio Grande, que estava empobrecida.
Na ocasião, Dilma anunciou que a Petrobras vai investir em torno de 220 bilhões de dólares até 2014. "São decisões de investimentos que gerarão no Brasil uma demanda e teremos que nos esforçar e correr atrás para atender. Vinte e oito sondas serão contratadas no Brasil até 2018, 300 embarcações de todos os tipos, mais equipamentos variados. E a política do governo é contratar no Brasil o que se pode", salientou. De acordo com a ex-ministra, essa é uma era de prosperidade. Em Rio Grande, o porto e o dique seco, conforme ela, são um passaporte para o futuro do Rio Grande do Sul.
Dilma Rousseff, que recebeu aplausos em vários momentos de sua palestra, destacou os empregos gerados pela indústria naval no País e na região, a qualificação da mão-de-obra, a intenção de investir em escolas profissionalizantes, e também os investimentos que o governo federal está fazendo no Porto do Rio Grande (na modernização do cais, dragagem de aprofundamento e obra de ampliação dos Molhes da Barra) e na duplicação da BR-392. Conforme ela, o Polo Naval é duradouro, não é uma política imediatista. Encerrando a palestra, garantiu que "a indústria naval, desta vez, não vai nos deixar a ver navios. Nós estamos construindo e isso faz toda a diferença", concluiu.

Fonte: Jornal Agora/Rio Grande,RS/Carmem Ziebell


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