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Disputa pelas sondas do pré-sal provoca guerra entre empresas

Petrobras recebe 40 recursos de participantes da licitação estimada em US$ 25 bilhões. Engevix, STX e Eisa foram desclassificadas
A maior licitação da história da Petrobras está deixando em pé de guerra as empresas que participam do processo. A estatal recebeu 40 recursos dos participantes contra propostas rivais na disputa pela construção de nove sondas de perfuração para explorar o pré-sal. As companhias apontam erros ou criticam soluções alheias no material que foi apresentado à estatal no final do mês de maio pelas companhias que participam do processo.
Os recursos estão sendo analisados e devem ser respondidos até a próxima sexta-feira, de acordo com o diretor de Serviços da estatal, Renato Duque. O executivo afirma que a briga já era esperada, dado o tamanho da licitação - estimada em US$ 25 bilhões pelo mercado. O que surpreende a Petrobras é a quantidade de recursos, que supera em mais de quatro vezes o total de participantes antes mesmo da disputa pelo maior pacote da licitação.
A enxurrada de reclamações deve aumentar nos próximos dias, após a entrega de propostas para a terceira etapa das encomendas, que prevê o afretamento de 19 sondas. Nove empresas entregaram no fim de maio propostas para participar de duas etapas. O primeiro pacote da licitação prevê a construção de duas sondas por empresas diferentes. O segundo contratará um fornecedor para a entrega de sete navios-sondas.
A entrega de envelopes para a última etapa está prevista para o final desta semana, de acordo com o diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque. Ao mesmo tempo, a estatal pretende finalizar a análise dos recursos das propostas anteriores.
Pelo menos uma companhia entrou com recurso contra todas as outras rivais. Dos nove concorrentes que disputam as encomendas, apenas a Keppel Fels, de Cingapura, não reclamou da participação dos outros. "É um processo normal de uma licitação desse porte. Quem foi eliminado entra com recurso para voltar para o certame. Quem está dentro do certame quer tirar o outro licitante que está dentro e não quer que quem ficou de fora volte”.
Segundo Duque, a Engevix e o grupo coreano STX foram desclassificados. O Eisa foi desclassificado em uma das etapas, mas continua participando em outro pacote. Além destas, segundo a Petrobras, entraram na disputa Jurong, Atlântico Sul (parceria de Queiroz Galvão e Camargo Correa), Andrade Gutierrez e dois consórcios – um formado pela Alusa e Galvão Engenharia e a parceria entre as baianas Odebrecht, OAS e UTC Engenharia, batizado de consórcio Acarajé nos bastidores da licitação.
Na expectativa de receber uma nova onda de recursos após a entrega das propostas para construção das sondas de afretamento, Duque montou uma estratégia. “Enquanto nós, da área de Serviços analisamos os recursos, a área de Exploração e Produção avalia questões técnicas das propostas”, resume. A exploração e o desenvolvimento da produção no pré-sal prevê investimentos de US$ 33 bilhões de 2010 a 2014, segundo o plano de negócios da Petrobras, divulgado ontem.
31 sondas, 63 plataformas e 491 barcos
A licitação prevê a contratação de 28 sondas e tem como premissa a construção das unidades no Brasil. O plano de negócios da petroleira, divulgado ontem, aponta a necessidade de 31 sondas para exploração de áreas em águas ultraprofundas em 2015. Para o ano, a estatal projeta demanda de 491 barcos de apoio e especiais, além de 63 plataformas de produção. O aumento de investimentos e de conteúdo nacional nas compras da Petrobras aumentam os investimentos anuais realizados no País dos atuais US$ 20 bilhões para US$ 28,4 bilhões de 2010 a 2014.
A Petrobras, segundo o executivo, não vai operar o estaleiro Inhaúma/Ishibrás, que arrendou recentemente, mas sim disponibilizar para outras empresas. O objetivo é aproveitar a área do estaleiro para converter navios em plataformas do tipo FPSO (flutuante).

Fonte:  Fonte:iG Rio de Janeiro/Sabrina Lorenzi



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