Elevados riscos financeiros e uma guerra já declarada entre concorrentes podem inviabilizar a megalicitação que a Petrobras lançou no ano passado para contratação de até 28 sondas a serem construídas no Brasil. A abertura dos envelopes com os valores propostos está prevista para quinta-feira e cada um dos quatro pacotes em que a licitação está dividida deve girar em torno de US$ 5,5 bilhões.
Entre os grupos que disputam a encomenda, há consórcios preparando antecipadamente recurso judicial. Da parte dos bancos que avalizam o processo, o temor é de que o pacote seja entregue a empresas técnica e financeiramente incapacitadas de cumprir uma encomenda de grande porte. Pelo risco elevado, os juros sobre o financiamento também deverão ser maiores e, na opinião de construtores, essas taxas podem tornar a obra inviável.
São sete os concorrentes qualificados, que iniciaram uma guerra, na qual trocam acusações entre si em documentos enviados à Petrobras. A maioria dos 40 recursos apresentados pelas empresas trata principalmente da qualificação de três grupos (Andrade Gutierrez, Eisa e o consórcio Alusa/Galvão) para a segunda fase da disputa.
Os três utilizam o design de plataforma feito pela empresa Gusto, braço do grupo holandês SBM, com impropriedades para um projeto de grande porte, segundo avaliações técnicas de auditorias contratadas pelas demais concorrentes. (da Agência Estado)
NÚMERO
5,5
BILHÕES DE DÓLARES É O VALOR ESTIMADO DA LICITAÇÃO
Fonte: O Povo (CE)
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