A Petrobras está impedida de importar, exportar e até participar das  rodadas do pré-sal, por causa do cancelamento, por parte da Procuradoria  da Fazenda Nacional, no dia 7 de junho, da certidão de débitos da  Petrobras. A medida foi causada por uma dívida de R$ 7,3 bilhões em  valores atualizados junto à Receita. Na manhã de ontem, quinta-feira  (13), a empresa apresentou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) um  pedido de suspensão da decisão do governo federal, por meio de medida  cautelar. O tribunal não aceitou o pedido.
Sem a certidão de  débitos, afirma a empresa, a Petrobras "fica impedida de proceder a  importação de petróleo necessária ao abastecimento de combustível no  mercado nacional, fica impedida de exportar sua produção, fica  impossibilitada de participar em rodadas de licitação da ANP, inclusive  relativa ao pré-sal, fica impossibilitada de fruir dos benefícios  fiscais federais etc".
"De fato, sem tal certidão a requerente  não poderá desenvolver regularmente suas atividades, o que causa sérios  prejuízos não só a si própria mas a economia nacional como um todo", diz  o pedido da Petrobras ao qual a Folha de S.Paulo teve acesso. O pedido  de cautelar negado pelo STJ tinha 718 páginas.
Dívida
A  dívida que motivou o cancelamento da certidão da Petrobras está  relacionada ao não recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte  sobre remessas para o exterior em pagamento de plataformas petrolíferas  móveis, no período de 1999 a 2002. A empresa foi autuada em 2003 e,  desde então, questiona na Justiça a cobrança da dívida.
No  processo, os advogados da Petrobras citam que o valor da dívida é  "vultuoso". Afirmam ainda que a empresa enfrenta "falta de  disponibilidade de caixa", o que lhe levou a reduzir o próprio orçamento  relativo aos investimentos do pré-sal e lhe forçou a caputar recursos  no exterior para honrar o plano de investimentos.
Procurado , o  escritório do advogado Leo Krakowiak, responsável pelo pedido junto ao  STJ, informou que não falaria sobre o caso. A reportagem ainda aguarda  posicionamento da Petrobras sobre os impactos financeiros e efeitos  operacionais em razão do cancelamento da certidão.
Fonte: Folhapress
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