Navalshore 2024

EAS fará primeiro lançamento desde decadência do setor

Suape promove retomada da indústria naval no País
Dentro de alguns dias, o Porto de Suape se transformará no coração da indústria naval do Brasil. Isso porque será no Estaleiro Atlântico Sul (EAS) que haverá o lançamento ao mar do primeiro navio desde a decadência do setor, ainda na década de 1980. Será o primeiro petroleiro oriundo de uma iniciativa do Governo Federal de retomar as edificações em nível nacional através do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef I). Em dezembro de 2009, foram R$ 11,2 bilhões em financiamentos do Fundo de Marinha Mercante para a área. No caso específico desta embarcação do EAS, do tipo Suezmax, o valor de compra está em torno de US$ 120 milhões.
O Suezmax é um grande navio, tendo 274,2 metros de comprimento, porte bruto (o seu peso somado ao peso das cargas que carrega) de 157,7 mil toneladas e capacidade de um milhão de barris. É próprio para fazer o translado dos barris de petróleo, atendendo a uma demanda da Transpetro (braço logístico da Petrobras). No dia 30 do mês passado, conforme garantiu o presidente do Estaleiro, Angelo Bellelis, a embarcação estava completamente edificada no dique seco. “O lançamento acontecerá em abril”, revelou, em entrevista à Folha.
E a expectativa é grande. A reportagem foi a Suape há duas semanas e acompanhou de dentro do dique seco (bacia de concreto onde o navio é construído) o trabalho de soldagem que está sendo executado na proa (parte dianteira) e popa (parte traseira). Os soldadores falam da empolgação que sentem apenas em pensar no lançamento do petroleiro às águas marinhas e a Transpetro escalou uma fotógrafa para fazer registros de cada etapa desse final. Esse processo ocorre por meio de válvulas de admissão que são abertas e bombam a água para dentro do dique, até encher o compartimento e fazer o Suezmax flutuar. Depois, é aberta a Porta Batel (comporta do dique seco) fazendo o navio entrar em contato com o mar.
Chegou-se a um pico de 1,3 mil trabalhadores nas diversas etapas da construção do navio e a vida útil de uma embarcação é de 25 anos. Ao final deste prazo, aquelas que se encontram em boas condições de conservação e que são submetidas à manutenção especializada regular, como os da Transpetro, prestam-se a uma conversão para plataformas de produção e estoque de petróleo.
Como as embarcações da Transpetro estão atingindo uma média de 17 anos (considerada idade avançada), a demanda por novas unidades aumentou de maneira extraordinária nos últimos anos: a atual carteira de encomendas dos estaleiros compreende 132 navios, três plataformas de produção e três de perfuração. Existem mais 136 encomendas para este ano. A Transpetro informou que ainda está definindo o nome do primeiro Suezmax do EAS, bem como quem será a sua “madrinha”.

Fonte:(Fonte: Folha de Pernambuco/PAULO MARINHO )

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