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Ecovix projeta 400 empregos no polo naval de Rio Grande

Em recuperação judicial, a Ecovix planeja elevar para cerca de 400 o número de empregos diretos e indiretos no segundo semestre em seu estaleiro no polo naval de Rio Grande, afetado pela escassez de encomendas e ondas de demissões desde 2014. Segundo a companhia, as contratações serão necessárias para os trabalhos de limpeza e remoção de mais de 100 mil toneladas de peças que dariam origem às plataformas P-71 e P-72.

A construção das estruturas no sul do Estado foi paralisada após o rompimento de contratos da empresa – dona do Estaleiro Rio Grande – com a Petrobras. Para iniciar a remoção do material, a Ecovix aguarda o fim dos leilões das estruturas. As vendas, que começaram em abril e devem seguir neste mês, integram o plano de recuperação judicial da empresa.


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A projeção da companhia é de que o processo de remoção se estenda por 12 meses no estaleiro. Conforme a Ecovix, o número atual de empregos no complexo é de 125, que subiria para cerca de 400, ao longo do segundo semestre, com a remoção das peças. "Os leilões são parte muito importante do plano de recuperação, sendo cruciais para o futuro da área e a perspectiva de novos investimentos", afirmou, em nota, o diretor de operações da companhia, Ricardo Ávila.

A intenção da empresa é limpar o complexo para, em seguida, buscar a formação de uma unidade produtiva isolada (UPI). Na prática, isso significa que a Ecovix terá de encontrar interessados na compra do estaleiro. Caso obtenha a aprovação de órgãos reguladores, a UPI poderá diversificar as operações no local, com atividades como movimentação de cargas e reparos de plataformas, segundo a companhia.

O plano de recuperação judicial da Ecovix foi homologado pela Justiça em agosto do ano passado. A dívida somava cerca de R$ 7,8 bilhões, mas, em assembleia, os credores aceitaram reduzir o valor para em torno de R$ 3,7 bilhões, de acordo com informações divulgadas por representantes da empresa à época.

O polo naval ainda engloba os estaleiros da QGI, também em Rio Grande, e o EBR, em São José do Norte. No auge do setor na região, em 2013, os complexos chegaram a empregar 24 mil funcionários diretos, conforme o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Rio Grande e São José do Norte. 

Em janeiro, o EBR confirmou a construção de módulos de uma plataforma de exploração de petróleo programada para operar no pré-sal da Bacia de Santos. O acordo foi firmado com a empresa japonesa Modec. O tempo estimado para a entrega do projeto é de 12 meses. 

O sindicato dos metalúrgicos projeta que a encomenda abra de 350 a 400 empregos diretos. Segundo a entidade, desde o começo deste mês, 130 trabalhadores já foram contratados para o início das operações. Vice-presidente do sindicado, Sadi Machado afirma que a organização ainda aguarda mais detalhes sobre o avanço do plano de recuperação da Ecovix.

Fonte: Zero Hora






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