RIO - Investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal por crimes contra o mercado de capitais, o empresário Eike Batista foi reconduzido à presidência do conselho de administração da Óleo e Gás Participações (OGPar), ex-OGX, empresa que controla e que está em recuperação judicial.
Sua candidatura, apresentada em Assembleias Geral Ordinária, que ocorreu na manhã de hoje, no Rio, foi duramente criticada pelos acionistas minoritários, pelo fato de o empresário estar respondendo às investigações. Eike também responde a processo administrativo na CVM.
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A aprovação, no entanto, acabou sendo obtida graças aos votos de seus representantes na assembleia, uma vez que, na condição de controlador da empresa, ele detém a maioria das ações com direito a votar.
O mandato é de um ano. Os outros seis conselheiros, entre eles seu pai, o engenheiro Eliezer Batista, também foram reconduzidos.
Eike é investigado por supostamente ter praticado os crimes de manipulação de mercado, ao incentivar investidores a comprar ações da empresa em sua conta no Twitter quando já se sabia das dificuldades da OGX, e por "insider trading", ao ter vendido ações antes de ter divulgado que as reservas da empresa seriam revistas para menos do que inicialmente previsto.
Tubarão Martelo
O diretor-presidente da OGPar, Paulo Narcélio, afirmou que a companhia pretende conectar até o fim do terceiro trimestre mais dois poços de produção no campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos. Segundo o executivo, com a interligação dos novos poços, a produção na área deverá crescer de 10 mil barris/dia para uma média de 16 mil barris/dia.
“O campo de Tubarão Martelo está produzindo uma média de 10 mil barris por dia. E tem tido investimentos para aumentar a capacidade nos próximos meses”, afirmou o executivo, que participou da assembleia de acionistas. A produção no campo de Tubarão Martelo é feita hoje a partir de dois poços, conectados à plataforma OSX-3 no fim do ano passado.
Com relação ao campo de Tubarão Azul, na mesma bacia, Narcélio lembrou que a produção média atual é de 4 mil barris/dia. Segundo ele, a operação está em período de testes, enquanto ainda está em negociação uma nova taxa de afretamento da plataforma OSX-1.
Fonte: Valor Econômico/Rodrigo Polito | Valor, com Folhapress