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Empresa da Noruega busca petróleo na Bacia de Santos

A petrolífera norueguesa Statoil já está com um navio-sonda na Bacia de Santos. O presidente da empresa, Anders Opedal, em resposta a A Tribuna, considera a área de Carcará, onde trabalha o navio, um dos principais empreendimentos da gigante da Escandinávia. 

“Carcará é um dos principais projetos da Statoil em todo o mundo, com capacidade extraordinária de geração de valor local por meio de empregos, receitas para o Estado e movimentação da indústria de fornecedores local”, diz Opedal.


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No mapa, Carcará fica abaixo dos campos gigantes de Lula e Libra, logisticamente mais próximos ao Rio de Janeiro. Já Carcará está a 229 quilômetros em linha reta de Ilhabela. 

De acordo com a assessoria de imprensa da Statoil, a sonda West Saturn realiza testes no bloco BM-S-8, onde fica Carcará. Segundo a petrolífera, o projeto é uma das maiores descobertas do pré-sal da Bacia de Santos. Seu volume é estimado em 2 bilhões de barris de óleo recuperáveis nas regiões norte e sul da área. Mais tarde, a West Saturn trabalhará em Carcará Norte.

Carcará foi descoberta em 2012, No ano passado, a Statoil comprou a participação da Queiroz Galvão na área e logo em seguida, por meio do consórcio com a americana Exxon e a portuguesa Galp, assumiu o bloco Norte de Carcará em leilão da Agência Nacional de Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural (ANP).

Segundo a empresa, a atividade de perfuração de Carcará já gerou mil empregos, entretanto, não há expectativa no momento da petrolífera realizar investimentos em Santos, como uma base de apoio ou contratação de fornecedores.

Além da Statoil estar instalada no Rio de Janeiro, a empresa atua em Carcará na fase de prospecção e avaliação, com produção prevista apenas entre 2023 ou 2024. Testes ainda são realizados em um dos poços já perfurados. “Carcará possui óleo leve de excelente qualidade e volumes expressivos de gás associado, que poderão ser escoados pelo estado de São Paulo”, diz a empresa em resposta a A Tribuna.

Segundo a petroleira, a prioridade no momento é ter mais clareza do potencial de recursos da estrutura inteira de Carcará e “amadurecer o conceito de desenvolvimento do campo”, lembrando que o projeto ainda está na fase inicial.

Por estar em fase de testes, Carcará ainda não é chamada de campo. Isso se dará quando for decretada a comercialidade, que é o início da exploração. 

Bacia de Campos

A petroleira também pretende trabalhar no campo de Roncador, na Bacia de Campos, se a sociedade com a Petrobras for aprovada pela ANP e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Roncador é o terceiro maior campo do País, atrás de Lula e Sapinhoá, ambos em Santos, mas está em fase de declínio. Essa condição favorece a parceria da Petrobras com a Statoil, uma especialista em melhorar a recuperação de óleo de áreas maduras no Mar do Norte. 

Fonte: A Tribuna






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