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Empresas assinarão este ano mais 4 acordos de unitização para exploração de campos

O diretor da Pré-Sal Petróleo SA (PPSA), Renato Darros, disse ontem que a estatal, que representa os interesses da União no pré-sal, deve assinar este ano quatro novos acordos de individualização da produção (AIP). Esse tipo de contrato com a PPSA é assinado quando uma empresa encontra uma jazida em área que extrapola os limites da concessão, se estendendo para áreas da União.

Segundo Darros, o próximo acordo a ser assinado deve ser o do campo de Lula, operado pela Petrobras no pré-sal da Bacia de Santos. A expectativa é que esse contrato seja fechado ainda este mês e que até o fim do ano sejam assinados os AIPs de Sapinhoá, Nautilus e Massa (operados pela Shell) e Carapeba.

Com as unitizações, a União terá direito a cerca de 1,2 bilhão de barris de óleo equivalentes "in place" nesses campos. O diretor lembrou que esse petróleo é muito representativo, já que se transformará nas primeiras receitas da União destinadas às áreas de saúde e educação. A reserva "in place" representa todo o petróleo em uma área, mas nem todo esse volume pode ser extraído.

O diretor da PPSA não informou qual a estimativa de volumes recuperáveis de petróleo nessas áreas. Dependendo das condições de cada reservatório, podem ser extraídos em média 30% do petróleo depositado na rocha. Em novembro do ano passado, a PPSA assinou o primeiro acordo de individualização da produção, com a Petrobras, referente à jazida compartilhada de Tartaruga Mestiça, na Bacia de Campos, que já tinha sido unificada com Tartaruga Verde.

O acordo estabelece as regras da execução conjunta das operações de desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural da área, bem como as participações de cada uma das partes. Sobre futuras unitizações, Darros sinalizou que o governo deverá leiloar sob o regime de partilha a área da descoberta de Carcará que extrapolar a concessão.

Carcará é um dos ativos incluídos na lista do programa de desinvestimentos da Petrobras e é operado pela estatal (66%), em sociedade com a Galp, Queiroz Galvão e Barra Energia. Segundo Darros, existem 20 acordos de unitização em discussão, dos quais 9 se referem a áreas já em produção. Dessas, 5 estão em estágio mais avançado.

Fonte: Valor Econômico/André Ramalho e Cláudia Schüffner | Do Rio






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