O embaixador do Brasil em Portugal admitiu no sábado (18) o interesse de empresas brasileiras em concorrerem à reprivatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), face às necessidades da indústria naval naquele país.
Mário Vilalva diz que "há interesse por parte do Brasil" nos ENVC, tendo em conta o objetivo de fazer "renascer" a atividade da indústria naval que existia nos anos 60 e 70 do século passado.
Além disso, acrescentou, o país precisa 200 navios, entre indústrias petrolíferas, marinha de guerra e marinha mercante, e "não tem capacidade instalada".
"Não tempos uma empresa estatal que possa concorrer [à reprivatização dos ENVC]", disse ainda Mário Vilalva, admitindo que "há várias formas de cooperação com Viana do Castelo que devem ser examinadas".
A apresentação de um "adequado projeto estratégico" que "maximize" a manutenção dos atuais recursos humanos são condições a "privilegiar" pelo Governo na reprivatização dos ENVC.
Segundo o decreto-lei publicado a 13 de agosto em Diário da República, promulgado pelo Presidente da República, com a reprivatização "pretende-se que o capital social dos ENVC seja alienado por venda direta" a realizar pela Empordef junto de um "investidor, nacional ou estrangeiro" com uma "perspetiva de investimento estável e de longo prazo, com vista ao desenvolvimento estratégico" da empresa.
O embaixador do Brasil, que está de visita a Viana do Castelo, garante que têm sido feitos contatos oficiais com empresas daquele país, "demonstrando as vantagens" dos estaleiros públicos portugueses e "incentivando-as" a concorrer.
"Há interesse, sem sobra de dúvida. É perfeitamente possível que uma ou várias empresas, até mesmo um consórcio, concorram", disse ainda.
Fonte: RTP Notícias
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